Patagonia Argentina_Lago del Desierto
América do Sul, Argentina, Aysén, Chile, Santa Cruz

CRUCE INTERNACIONAL GLACIARES – de El Chaltén a Villa O’Higgins

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No verão de 2020 tivemos mais uma temporada na Patagônia, nosso lugar preferido do planeta. Foram 3 meses percorrendo desde El Calafate, na Argentina, até a Villa Cerro Castillo, no Chile.

No 27º dia de nossa viagem saímos de El Chaltén, na Argentina, rumo à Villa O’Higgins no Chile por uma travessia internacional denominada como Cruce Internacional Glaciares.

Cruce Internacional Glaciares é o nome que a empresa argentina Exploradores adotou para essa travessia entre as fronteiras Argentina e Chile, próximo ao Campo de Gelo Sul da Patagônia.

Essa travessia passa por estradas de rípio, lagos e trilha, ligando as cidades El Chaltén, na Argentina, e Villa O’Higgins, no Chile. O caminho pode ser feito nas duas direções. Mas arrisco dizer, que o caminho do Chile para Argentina é mais tranquilo. Até o final do post você vai entender porque.

O Cruce Internacional Glaciares também faz parte da Greater Patagonian Trail, passando pelos setores 37H (Lago O’Higgins) e 39 (Monte Fitz Roy).

A travessia compreende as seguintes etapas:

  • Ruta 23: 36 km de estrada de rípio de El Chaltén até lado Sul do Lago Del Desierto. Há vans que saem de El Chaltén duas vezes ao dia ou é possível tentar uma carona
  • Lago Del Desierto: embarcações atravessam o lago duas vezes ao dia e estão sintonizadas com a van, também é possível caminhar 11 km em uma trilha paralela ao lago, pelo seu lado direito.
  • Caminho de 21 km entre Lago Del Desierto e Lago O’Higgins: só é possível realizá-la caminhando ou de bicicleta, sendo que em muitos momentos a bicicleta será empurrada com as mãos. São 5 km em trilha no lago argentino e 16 km em estrada de rípio no lado chileno.
  • Lago O’Higgins: só é possível atravessá-lo de barco
  • RutaX91: 7 km de estrada de rípio do lago O’Higgins até Villa O’Higgins. Há um ônibus alinhado e incluso com o ticket do barco

Como estávamos entediados com o clima nebuloso, chuvoso e ventoso de El Chaltén não víamos a hora de irmos embora. Era terça-feira e vimos que na quarta-feira o tempo estaria bom, principalmente em relação aos ventos. Isso era importante pois a navegação do Lago O’Higgins só acontece quando o clima permite. Então decidimos percorrer o Cruce Internacional Glaciares no modo mais rápido, pagando todos os transportes para conseguirmos pegar o bom tempo no Lago O’Higgins na quarta-feira. Desse modo, segundo a agência Exploradores, conseguiríamos fazer toda a travessia em um dia. Mas fomos enganados.

Você também pode ver esta travessia no YouTube.


Menu do post

  1. Resumo
  2. Melhor época
  3. Como chegamos
  4. Roteiro e dia-a-dia
  5. Observações
  6. Custos
  7. Valeu?
  8. Nos acompanhe

Resumo da caminhada

  • Países: Argentina e Chile
  • Províncias: Santa Cruz e Aysén
  • Cidades: El Chaltén e Villa O’Higgins
  • Início: El Chaltén
  • Fim: Villa O’Higgins
  • Distância total: 21 km caminhando
  • Duração: 5 dias
  • Período: final de janeiro de 2020

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Melhor época

Na minha opinião, a melhor época para caminhar pelas trilhas da Patagônia é entre janeiro a abril, quando não há neve e as temperaturas estão mais agradáveis. Em dezembro ainda há uma probabilidade de alguma trilha estar fechada, devido ao excesso de neve que sobrou da última nevasca. Em maio a temperatura cai bastante e a neve ressurge no cenário.

Vale observar que:

  • Toda a região próxima do campo de gelo Sul da Patagônia, que é o caso de El Chaltén, tem um clima imprevisível, caracterizado principalmente pelas fortíssimas rajadas de ventos no verão.
  • Janeiro é quando tudo fica lotadíssimo. Se não gostar da multidão, tente evitar a região próximo a esse período.

Para você ter uma ideia, abaixo segue um histórico do clima durante o ano na cidade de El Calafate, a 210 km de El Chaltén (fonte MSN).

Mês Temperatura (ºC) Precipitação máx. (mm) Neve (dias)
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
6 a 15
6 a 14
5 a 13
3 a 10
1 a 7
-1 a 4
-2 a 4
-1 a 5
1 a 7
2 a 9
4 a 12
6 a 14
93
84
96
93
87
72
68
74
66
74
96
105
0
0
0
1
3
11
11
9
5
2
0
0

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Como chegamos

Começamos nossa viagem pelo aeroporto de El Calafate, na Argentina. Depois de 7 dias por lá, partimos de ônibus para El Chaltén, saindo da rodoviária de El Calafate.

Apesar de irmos em alta temporada, havia muitas opções de transporte e conseguimos comprar nossa passagem de ônibus na hora. Foram quase 3 horas de uma bela viagem, percorrendo um bom trecho da emblemática Ruta Nacional 40.

Ficamos 19 dias em El Chaltén, e então seguimos para a Villa O’Higgins pelo Cruce Internacional Glaciares, a ser detalhado abaixo.

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Roteiro

Fizemos a travessia em 4 noites e 5 dias, como segue:

  1. El Chaltén (Argentina) → Candelario Mancilla (Chile)
  2. Candelario Mancilla
  3. Candelario Mancilla
  4. Candelario Mancilla
  5. Candelario Macilla Villa O’Higgins

Abaixo segue o mapa somente do trecho da caminhada:

Dia 1: El Chaltén (Argentina) → Candelario Mancilla (Chile)

Distância
Tempo sem paradas
Subida acumulada
Descida acumulada
Altitude máxima
21 km
5h15min
970 metros
1200 metros
750 metros

Obs. os dados acima correspondem somente ao trecho da caminhada.

Um dia antes de nossa travessia, fomos na agência Exploradores em El Chaltén para comprar nosso Cruce Internacional Glaciares. Pagamos USD 120 cada um, o maior gasto de toda a viagem. O valor incluía:

  • Van de El Chaltén ao Lago Del Desierto
  • navegação no Lago Del Desierto
  • navegação no Lago O’Higgins
  • ônibus do Lago O’Higgins até a Villa O’Higgins

A Van começa a buscar os passageiros em suas hospedagens às 7h30min. No nosso caso, o transporte chegou às 8 horas e fomos os penúltimos. O veículo foi lotado de passageiros.

Seguimos margeando o rio de Las Vueltas pela Ruta Provincial 23. Saímos do Parque Nacional Los Glaciares, entramos na Reserva Provincial Lago del Desierto, paramos para uma foto do Fitz Roy, passamos pela ponte do rio Eléctrico, lago Condor e Salto del Anillo, e por fim, chegamos no lago del Desierto.

Um pouco antes da Van estacionar, passamos em frente à entrada da trilha que vai para o glaciar Huemul. Como é uma propriedade privada, paga-se uma entrada. Eu já visitei este glaciar alguns anos atrás e valeu a pena na época. É uma trilha curta que dá para a pequena laguna Huemul e seu glaciar logo acima. Não sei qual o preço da entrada atual, mas vale verificar.

Chegamos no Lago del Desierto bem na hora de embarcarmos. Essa navegação é operada pelo Exploradores, a mesma agência que nos vendeu todos os transfers. Há duas saídas por dia, a primeira foi a nossa, às 10 horas. A outra é a tarde, acho que sai por volta das 14h30min.

Patagonia Argentina_Lago del Desierto
Embarcações no Lago Del Desierto

Chegamos a pensar em atravessar o Lago Del Desierto por 11 km de trilha, margeando o lago. Pelo que observamos, a trilha fica predominantemente dentro da floresta, e não deve ter muitas oportunidades de paisagem.

Sem dúvidas, a paisagem no barco é insuperável, com glaciares e montanhas nevadas à esquerda, mais montanhas à direita e o Fitz Roy atrás. 

Patagonia Argentina_Lago del Desierto
vista para o Fitz Roy no Lago Del Desierto

Durante a navegação, o barco para próximo ao glaciar Vespignani, onde é possível percorrer algumas trilhas com vista para o glaciar. A maioria das pessoas no barco desceram nesta parada. Nós seguimos até a ponta norte do lago del Desierto.

Patagonia Argentina_Lago del Desierto
Glaciar Vespignani

Desembarcamos na ponta Norte em frente à Gendarmería Nacional Argentina, onde carimbamos a saída do país em nossos passaportes. É um lugar muito bonito, com um lindo gramado. Havia algumas barracas por lá. Não sei informar quantos dias os oficiais permitem que as barracas fiquem no acampamento.

Patagonia Argentina_Lago del Desierto
Lago del Desierto

Éramos nós e mais um casal fazendo o Cruce Internacional Glaciares. Carimbamos nossos passaportes e começamos a trilha até o Chile. São 5 km de trilha no lado Argentino e 15 km no lado do Chile. Os primeiros 5 km estão em uma trilha estreita e enlameada, com muitos galhos no chão e vários cruzamentos de riachos. Havia uma ou outra vista para as montanhas. Vimos alguns ciclistas indo no sentido contrário, empurrando as bicicletas com as mãos. Definitivamente esse pedaço não foi feito para ciclistas.

Antes de chegarmos na fronteira, passamos pela Laguna Larga.

Patagonia Argentina_Lago del Desierto
Laguna Larga

Logo depois chegamos na fronteira entre Chile e Argentina, onde havia placas de boas-vindas em ambos os países, e um Hito indicando a fronteira.

Patagonia Argentina Chilena_Lago del Desierto
fronteira entre Chile e Argentina

Mas o que mais marcou foi a diferença no caminho. A trilha não era mais trilha e se transformou em uma estrada de rípio. Passamos até por um aeródromo.

Patagonia_Chile_Candelario_Mancilla
Estrada de rípio no Chile

Fomos nos aproximando do Lago O’Higgins e após 16 km de ripio chegamos em Candelario Mancilla.

Patagonia Argentina Chile Candelario Mancilla
Lago O’Higgins à vista!

Em Candelario Mancilla fica os Carabineros de Chile, onde carimbamos a entrada de nossos passaportes no Chile. E lá mesmo, o simpático oficial nos falou que não haveria mais barco naquele dia. Os barcos tinham ido de manhã e não voltariam mais. Cordialmente eles nos deram uma rápida carona até o camping.

Patagonia Argentina Chile Candelario Mancilla
Carabineros de Chile

Há uma família morando em Candelario Mancilla, e oferece um serviço básico para os viajantes, como local para acampar, banheiro, chuveiro, refeição, quartos, pães e ovos. Tudo muito simples. Sem opções, ficamos por lá.

O morador que nos recepcionou falou que não há barcos à noite. A operadora Exploradores passou uma informação incorreta para os viajantes durante todo o verão. Segundo a operadora, a navegação pelo lago O’Higgins começaria às 19 horas, e na prática isso nunca aconteceu. Ficamos bem aborrecidos.

Aparentemente a Exploradores agiu de má fé, vendendo uma travessia que poderia ser realizada em um dia, mas que na prática isso é impossível. Pelo menos impossível no sentido El Chaltén para Villa O’Higgins. Quem vai no sentido Villa O’Higgins para El Chaltén irá enfrentar o problema de navegação do lago O’Higgins no conforto de um vilarejo.

Foram 5 mil pesos chilenos, por pessoa, para acampar em Candelario Mancilla. Tivemos nossa primeira dificuldade por lá: não tínhamos pesos chilenos e não havia troco para nossa nota de 100 dólares. Por fim, conseguimos pagar o camping com os 1000 pesos argentinos que tínhamos.

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Dia 2: Candelario Mancilla

Gastamos um pouco mais em Candelario Mancilla, e conseguimos pagar dois jantares e duas cervejas com nossos dólares. Jantar bem servido e gostoso. Vale a pena pagar a refeição em pesos chilenos, são 8000 CLP ou 15 USD.

Sem sinal do barco, ficamos mais um dia em Candelario Mancilla. Sem internet e sem nada para fazer, coloquei a leitura em dia. Sempre é bom ter um livro no celular. 

Quando estávamos deitados em nossa barraca, prontos para iniciarmos uma noite de sono, um rapaz no lado de fora nos avisou que o barco sairia amanhã às 7h30min. Oba!

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Dia 3: Candelario Mancilla

Acordamos cedo. Nós e mais 19 pessoas estavam prontas para partir às 7h30min. Ficamos duas horas aguardando o barco… e nada! Até que tivemos a notícia de que o barco não viria naquele dia.

Patagonia Chilena_O Higgins
porto em Candelario Mancilla

O dia estava sem nenhum vento e o lago bem calmo. Não entendíamos como o lago deveria estar tão diferente no outro lado a ponto de impedir do barco sair… Decepcionados, fomos até os Carabineros para ver se conseguimos descobrir a previsão do tempo para os próximos dias. Ficamos um pouco esperançosos, segundo o aplicativo Windy, o dia seguinte seria menos ventoso. Nos Carabineros havia internet, mas somente para os oficiais.

Decidimos nos alojar dentro da casa da família Candelario Mancilla, ao invés de acampar.

Nesta noite éramos em 6 pessoas dormindo na casa, nós, 1 argentino, 1 escocês e 1 casal francês. E claro, jantamos novamente.

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Dia 4: Candelario Mancilla

Tomamos café da manhã oferecido pela dona da casa, claro que pago também. Nada é gratuito por lá. E ficamos na esperança do barco chegar. Pelo rádio, os irmãos da casa tentaram contato com o barco. E nada… O francês foi até o Carabineros, que são quem tem a informação mais precisa por lá, e retornou com a informação que o porto em Villa O’Higgins estava fechado por mau tempo.

Mais tarde chegou outra péssima notícia: a próxima previsão seria para terça-feira. Era sábado. Teríamos que dormir pelo menos mais 3 noites. Desanimação total. Foi um dia para pensarmos. Alguns desistiram e planejaram sua volta para El Chaltén no próximo dia.

Ficamos balançados, mas decidimos esperar. Afinal de contas, voltar para El Chaltén significaria que teríamos um longo, e provavelmente mais complicado e demorado trajeto para Villa O’Higgins. Definitivamente chegar em Villa O’Higgins de barco, de ônibus ou carona não é fácil. O jeito era relaxar e esperar.

Depois de 4 dias, entendemos que o sentido ideal é de Villa O’Higgins a El Chaltén. Melhor esperar o barco em um vilarejo estruturado.

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Dia 5: Candelario Mancilla – Villa O’Higgins

Acordamos às 8 horas, tomamos café da manhã, nos despedimos dos desistentes que retornaram para El Chaltén e relaxamos. Terminei de ler meu livro sobre ‘Alexandre, O Grande’ e assistimos um filme previamente baixado no celular.

Durante o dia, pessoas iam e vindo pedindo pães e ovos para os Mancillas. Já havia cerca de 40 pessoas acampando, a maioria sem comida, e se alimentando somente de pão com ovo. No meio da tarde os ovos acabaram. As galinhas não estavam dando conta. O lugar estava na beira de um colapso.

Lá para 18 horas chegou uma notícia inacreditável: o barco estava vindo! Tiveram que repetir essa informação umas três vezes para eu acreditar.

Patagonia Chilena_O Higgins
indo embora de Candelario Mancilla

Era gritaria para todo o lado, todos saltitando de alegria. Arrumamos nossas mochilas, jantamos e pagamos os moradores. Aqui vai uma dica preciosa: leve pesos chilenos. Pagar em dólar fica mais caro e eles não aceitam peso argentino (com a situação da Argentina não os culpo). Fora a confusão da conversão da moeda. Mas como me disse o Ramon, estávamos quase reféns em Candelario Mancilla… kkkk… Incluindo as duas noites no camping, deixamos por lá US$ 230.

Partimos para o porto um pouco antes das 20 horas. O primeiro barco que chegou era da Robinson Crusoe, uma lancha com 20 lugares. Os Carabineros estavam lá controlando todo o embarque e conferindo os passaportes. A prioridade era para quem já tinha comprado o ticket do barco em El Chaltén, o que era nosso caso. Em caso de empate, embarcaria quem carimbou o passaporte primeiro.

Candelario mancilla
o barco chegou!

Com muita alegria, e em total êxtase, embarcamos nesta primeira embarcação. Foram 1 ½ de navegação até o porto da Bahia Bahamondez.

Patagonia Chilena_Chile
vista do Lago O’Higgins

No dia seguinte, fiquei sabendo que a outra embarcação, um navio que lembrava o barco do Popeye, demorou incríveis 4 horas de navegação. Ah como foi bom ter comprado os tickets com antecedência.

Ao chegarmos no porto, um ônibus nos esperava para nos levar 8 km até a Villa O’Higgins. Chegamos na vila por volta das 22 horas. O ônibus nos deixou em frente ao Hostel e Camping El Mosco, que estavam nos esperando para nos receber. Enfim… Chegamos!

No dia seguinte percebemos que o tempo em Villa O’Higgins realmente é diferente, mais frio e nebuloso. Comecei a acreditar que o barco não nos buscou antes por mau tempo mesmo. Como é bom não nos sentirmos presos em uma quase ilha.

A Villa O’Higgins é um minúsculo vilarejo chileno. Diria que é ⅓ do tamanho de El Chaltén, com algumas belas trilhas que exploramos nos dias seguintes.

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Observações

  • Evite o mês de janeiro pois El Chaltén fica super lotada. E Candelario Mancilla tem uma infra-estrutura limitada e pode entrar em colapso na alta temporada.
  • O ideal é caminhar no sentido Villa O’Higgins a El Chaltén, pois assim a espera pelo barco no Lago O’Higgins será em um vilarejo com mais estrutura e opções.
  • Leve pesos chilenos para pagar as despesas em Candelario Mancilla. O pagamento em dólar americano fica mais caro e confuso, e peso argentino não é aceito.
  • Leve comida nesta travessia. Candelario Mancilla tem uma estrutura muito pequena. Oferece refeições com limitação, e quando tem, vende ovos e pães.
  • Não há internet em Candelario Mancilla, antes de ir faça download de tudo que precisar com antecendência. Livros e filmes são uma boa pedida.
  • Apesar da agência Exploradores nos afirmarem erroneamente que o barco no Lago O’Higgins sairia à noite, o barco não tem horário fixo. A navegação pode acontecer a qualquer momento durante o dia. A probabilidade de dormir pelo menos uma noite em Candelario Mancilla é grande.
  • Vale a pena pagar com antecedência o barco para atravessar o Lago O’Higgins. Quem paga antes tem preferência de ir no barco mais rápido. O barco mais lento demorou 4 horas para atravessar o lago. O barco mais rápido navegou por 1,5 hora.
  • Não se esqueça da jaqueta impermeável e corta-vento. Essa região fica próximo ao Campo de Gelo Sul da Patagônia, e o clima desta região é conhecido como imprevisível.
  • Caso queira se aventurar nesse destino, te desejo boa sorte, ou bons ventos como estão dizendo por aí ultimamente. Lembrando que cada um tem que se auto-avaliar para entender se tem condições físicas, psicológicas e técnicas para se enfiar na natureza. O que é fácil e divertido para alguns, pode ser um grande desafio e chato para outros.

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Custos

Seguem alguns custos em peso argentino (ARS), dólar americano (USD) e equivalente em real (BRL), conforme o câmbio e preço da época (janeiro de 2020).

Gastos em El Chaltén

  • Ônibus de El Calafate até El Chaltén, individual: $ARS 1305 ($BRL 80)
  • Camping El Relincho, em El Chaltén, diária individual: $ARS 450 ($BRL 28)
  • Café da manhã, restaurante Rancho Grande, em El Chaltén, individual: $ARS 250 ($BRL 15)
  • Almoço com bebida, restaurante Rancho Grande, em El Chaltén, individual: $ARS 680 ($BRL 42)
  • Mercado em El Chaltén, comida para trilha, média diária individual: $ARS 263 ($BRL 16)
  • Sorvete em massa, na sorveteria Domo Blanco em El Chaltén, 250 gramas: $ARS 220 ($BRL 14)
  • Café com leite grande, na sorveteria Domo Blanco em El Chaltén: $ARS 110 ($BRL 7)
  • Cereja fresca, na rua em El Chaltén, 500 gramas: $ARS 150 ($BRL 9)

Gastos na travessia

  • Cruce Internacional Glaciares, incluindo todos os transportes de El Chaltén a Villa O’Higgins, individual: $USD 120 ($BRL 480)
  • Camping, em Candelario Mancilla, diária individual: $USD 5 ($BRL 20)
  • Refeição, em Candelario Mancilla, individual: $USD 15 ($BRL 60)
  • Café da Manhã, em Candelario Mancilla, individual: $USD 11 ($BRL 44)
  • Quarto, em Candelario Mancilla, diária individual: $USD 15 ($BRL 60)
  • Pão, em Candelario Mancilla, unidade: $USD 1 ($BRL 4)

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