.
No final de 2019 decidimos conhecer o famoso Caminho de Santiago de Compostela e percorremos o popular Caminho Francês, durante o outono europeu. Caminhamos 774 km e 39 dias por sete províncias espanholas, como segue:
Este é o quinto trecho de nosso caminho, quando percorremos a província León, na comunidade autônoma de Castilla e León, desde Calzadilla de la Cueza até La Laguna de Castilla.
O resumo desta caminhada está descrito no post principal “CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA – nosso caminho Francês no outono europeu“.
Você também poderá assistir este trecho em León no YouTube.
Menu deste post
Resumo de León
- País: Espanha
- Províncias: Palência → León
- Início: Calzadilla de la Cueza (Palência)
- Fim: La Laguna de Castilla (León)
- Distância: 208 km
- Duração: 11 dias
- Período: início de novembro de 2019
- O que mais gostei: ficar um dia na cidade de León e encontrar as primeiras manchas de neve próximo do ponto mais alto do caminho.
Clique aqui para voltar ao menu.
Clima
Histórico do clima na cidade de León (fonte MSN).
Mês | Temperatura (ºC) | Precipitação máx. (mm) | Neve (dias) |
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro |
0 a 8 0 a 10 2 a 13 4 a 15 7 a 19 11 a 24 13 a 27 13 a 26 10 a 22 7 a 17 3 a 11 1 a 8 |
62 44 50 60 65 36 25 25 39 65 60 59 |
2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 |
Clique aqui para voltar ao menu.
Roteiro em León
Fizemos a caminhada em 10 noites e 11 dias, somando 31 dias no Caminho Francês de Santiago de Compostela, como segue:
- Calzadilla de la Cueza (km 389) a Sahagún (km 368)
- Sahagún (km 368) a El Burgo Ranero (km 350)
- El Burgo Ranero (km 350) a Mansilla de las Mulas (km 331)
- Mansilla de las Mulas (km 331) a León (km 312)
- León
- León (km 312) a San Martín del Camino (km 288)
- San Martin del Camino (km 288) a Astorga (km 265)
- Astorga (km 265) a Foncebadón (km 240) a Molinaseca (km 220)
- Molinaseca (km 220) a Ponferrada (km 213)
- Ponferrada (km 213) a Villafranca del Bierzo (km 288)
- Villafranca del Bierzo (km 288) a La Laguna de Castilla (km 163)
Abaixo, mapa com os pontos roxos onde dormimos.
Dia 21: Calzadilla de la Cueza (km 389) a Sahagún (km 368)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
21 km 5 horas 310 metros 330 metros 900 metros |
Neste dia passamos por 4 localidades: Lédigos, Terradillos de los Templarios, Moratinos e San Nicolás del Real Camino.
A única opção de mercado em Calzadilla de la Cueza aberto no início de novembro, não nos deu muita opção de café-da-manhã, além de um horrível croissant. Depender da estrutura do vilarejo onde irá pernoitar, pode ser um grande risco para comer mal.
Logo cedo passamos ao lado de um imenso campo de girassóis. Pena que estavam todos secos. Na primavera este lugar deve ser belíssimo.

Depois do primeiro vilarejo, Lédigos, pegamos uma boa chuva de 30 minutos. O frio e o vento acompanhavam a umidade. Agasalhados, minimizamos os 30 minutos de sofrimento.
No verão, o Sol nesta região deve ser bem intenso, pois encontramos um conjunto de placas solares ao lado do caminho.
Estávamos entrando na baixa temporada, e com isso bares e restaurantes estavam fechados de manhã. Somente por volta das 11h30min, encontramos um restaurante aberto, em Moratinos, onde tomamos um café com leite e comemos uma tortilla, um omelete de batata bem popular na Espanha.
Ainda em Moratinos vimos algumas bodegas de vinho construídas embaixo de um morro.

As cores do outono embelezavam todo o Caminho de Santiago de Compostela.

Logo avistamos Sahagún, a cidade que ficamos neste dia. Um pouco antes de chegarmos na cidade passamos por duas estátuas que indicavam a metade do caminho para Santiago de Compostela desde Saint-Jean-Pied-de-Port.

Observamos que quase toda a entrada de uma cidade média-grande havia um moinho de cereais. Em Sahagún não foi diferente.
Na cidade é possível adquirir “La Carta Peregrina“, um certificado que o peregrino chegou na metade do caminho. Nós não tivemos interesse nesta carta.
Apesar de vermos mais peregrinos no caminho, continuamos encontrando albergues vazios. Em Sahagún ficamos no albergue municipal e aproveitamos supermercado Dia para comprarmos comida. O destaque da vez foi a costela de porco 🐷😋.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 22: Sahagún (km 368) a El Burgo Ranero (km 350)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
18 km 4 horas 350 metros 300 metros 890 metros |
Neste dia passamos por 1 localidade: Bercianos de Real Camino.
Logo cedo, passamos pelo Arco de San Benito e saímos de Sahagún.

Tínhamos duas opções: caminhar 31 km até Reliegos, ou 18 km até El Burgo Ranero. Ficamos com a segunda opção.
Continuamos caminhando ao lado de plantações sem plantas, pelas mesetas. E apesar da caminhada curta, o dia foi sofrido. Ventos fortíssimos durante todo o dia.

Era domingo cedo, e quando passamos por Bercianos de Real Camino, estava tudo fechado. Até as casas pareciam vazias. Vimos uma e outra pessoa pela rua. Acabamos comendo em uma praça, a torta de bacalhau e o panettone que compramos no dia anterior.
Seguimos enfrentando ventos entre 30 e 40 km/h até o Albergue Municipal Domenico Laffi, em El Burgo Ranero. Antes do meio-dia, fomos os primeiros a chegar, e aos poucos, o albergue foi lotando. O último chegou por volta das 17h30min. Foi nosso primeiro albergue pago por doação e um dos piores albergues que fomos. Simples, frio e sujo, mas com banheiros e chuveiros suficientes, cozinha, local para lavar roupa e wi-fi.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 23: El Burgo Ranero (km 350) a Mansilla de las Mulas (km 331)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
19 km 4 horas 230 metros 300 metros 890 metros |
Neste dia passamos por 1 localidade: Reliegos.
Antes de sairmos de El Burgo Ranero, passamos por um lago, que mais parecia uma poça de água.
A previsão do tempo era desanimadora. Prometia ventos mais fortes que o dia anterior com um pouco de chuva. Continuamos caminhando pelas mesetas. O vento manteve a intensidade do dia anterior e a chuva durou menos de 30 minutos. Não foi tão mal…
Foram 13 km ao lado de uma solitária estrada, e de futuras plantações de cereais, até chegarmos no único vilarejo de hoje: Reliegos, mais uma cidade-fantasma. Casas fechadas, nenhum bar aberto e ninguém nas ruas. Até queríamos tomar um café em algum lugar, mas tivemos que nos contentar em comer nosso lanche em um banco na cidade.
Encontramos algumas bodegas e vimos tratores trabalhando nas plantações. Foram mais 6 km e chegamos meio-dia em Mansilla de las Mulas.

Entramos em uma igreja, compramos comida no Dia e escolhemos o albergue Gaia. Um pouco mais caro, 8 euros, mas com excelente pontuação. Acertamos na escolha. Foi nosso melhor albergue até o momento.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 24: Mansilla de las Mulas (km 331) a León (km 312)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
19 km 4h30min 580 metros 530 metros 910 metros |
Neste dia passamos por 4 localidades: Villamoros de Mansilla, Puente Villarente, Arcahueja e Valdelafuente.
As manhãs estavam cada vez mais frias, os termômetros marcavam 5 ºC logo cedo.
Saímos de Mansilla de Las Mulas pela ponte do rio Esla.

Dia de chegarmos em León, uma das maiores cidades de nosso caminho. No percurso havia um desvio para conhecermos um monastério. Como iríamos acumular algumas pernadas a mais, descartamos essa opção.
Depois passamos ao lado da Puente Villarente, uma ponte sob o rio Porma. Recentemente foi criada uma ponte para pedestres, mais segura para os peregrinos.

Aos poucos nos aproximamos de León, sempre caminhando em um caminho paralelo à estrada. Ao contrário de nossa super chata entrada em Burgos, nosso avanço em León foi bem tranquila. Só a chuva atrapalhou.

Em León ficamos hospedados em um Airbnb. À tarde, visitamos a Catedral de León.

Essa catedral não chega aos pés da Catedral de Burgos, mas seus vitrais tem um destaque especial. A entrada foi gratuita, mas para visitar o claustro e o museu é necessário pagar uma entrada. Não visitamos o claustro, nem o museu.

À noite o frio estava bem intenso. É quase proibitivo sair depois do pôr do Sol.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 25: León
Ficamos um dia em León.

O principal motivo foi financeiro. Como estávamos nos Estados Unidos antes de irmos para Espanha, levamos dólar para a Europa, achando que seria fácil trocá-los. Nos enganamos. Só encontramos casa de câmbio em Madrid. Durante todo o Caminho não encontramos nenhuma casa de câmbio.
Nossa solução foi abrir uma conta no Monese, um banco europeu online. Combinamos com um Airbnb de León que iríamos enviar uma correspondência para lá, e mandamos o cartão de débito para o Airbnb. E assim conseguimos transferir dinheiro pelo Transferwise, com imposto menor que o IOF, e sacar dinheiro nos caixas eletrônicos da Espanha.
Neste dia fomos em dois museus gratuitos e almoçamos no restaurante El Buche, com boa pontuação no TripAdvisor.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 26: León (km 312) a San Martín del Camino (km 288)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
25 km 5h30min 600 metros 670 metros 940 metros |
Neste dia passamos por 5 localidades: Trobajo del Camino, La Virgen del Camino, Valverde de la Virgen, San Miguel de Camino e Villadangos del Páramo.
Saímos de León e seguimos caminhando pela cidade, passando pela vizinha Trobajo del Camino. Depois caminhamos praticamente todo o dia por um caminho ao lado da estrada.
O ruim foi encontrar um bar aberto, para tomar um café e ir ao banheiro. Foi em San Miguel de Camino que encontramos o primeiro bar aberto depois de sairmos de Trobajo, e estava lotado.
Seguimos com muito frio até San Martín del Camino, onde ficamos hospedados em o albergue La Casa Verde.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 27: San Martín del Camino (km 288) a Astorga (km 265)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
23 km 4h40min 370 metros 370 metros 920 metros |
Neste dia passamos por 2 localidades: Hospital de Órbigo e San Justo de la Vega.
Continuamos caminhando ao lado da rodovia até chegarmos no vilarejo Hospital de Órbigo, onde passamos pela bela ponte do rio Órbigo. Esta ponte foi palco de muitas lutas na era medieval.

Aproveitamos o supermercado Dia nesta vila e compramos nosso lanche. Sem dúvidas o Dia é a melhor opção em mercado, barato e com boa variedade.
Em Hospital de Órbigo há duas opções para continuar o caminho: continuar ao lado da rodovia, ou acrescentar 1 ½ km por um caminho mais tranquilo. Como o mercado Dia ficava ao lado da rodovia, acabamos ficando com a primeira opção. E tivemos que atravessar uma rodovia bem movimentada. Achei bem perigoso.

Seguimos até sairmos da rodovia e passarmos pelo Cruceiro de Santo Toribio, onde o caminho volta a ser um só.

Após a cruz temos uma bela vista de San Justo de la Vega e Astorga e da subida do dia seguinte, quando subiremos os montes de León.

Descemos da Cruz, e antes de chegarmos em Astorga, paramos para nosso cafezinho de todos os dias.

Astorga é uma cidade com boa infraestrutura, onde ficamos hospedados no bom e barato albergue peregrinos Siervas de María.
Um ícone da cidade é o belo palácio de Gaudi.

Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 28: Astorga (km 265) a Foncebadón (km 240) a Molinaseca (km 220)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
25 + 19 km 6h50min 600 + 250 metros 60 + 1070 metros 1500 metros |
Neste dia passamos por 6 localidades: Valdeviejas, Murias de Rechivaldo, Santa Catalina de Somoza, El Ganso, Rabanal del Camino e Foncebadón.
Saímos de Astorga embaixo de um chuvisco. Parecia que estávamos dentro de uma nuvem.
Passamos por alguns vilarejos completamente vazios.

Nos despedimos das mesetas e seguimos montanha acima, com um leve desnível. Conforme subíamos apareceram algumas manchas de neve. Estávamos nos aproximando do ponto mais alto de nosso caminho, a Cruz de Ferro, que fica após Foncebadón, onde teoricamente ficaríamos hospedados neste dia.

Antes do Foncebadón, paramos em um bar em Rabanal del Camino para tomarmos nosso café com leite de todo dia.
Quando chegamos em Foncebadón, vimos um vilarejo com neve em volta. Sem dúvidas faz muito frio neste lugar.

E deu ruim em Foncebadón. Os 3 albergues do povoado estavam fechados. A única hospedagem aberta, um hostal, estava lotado. Já havíamos caminhado 25 km e a próxima provável hospedagem estava a 20 km de lá. Sem muitas opções, chamamos um táxi, que nos levou até Molinaseca. Pelo menos dividimos o táxi com mais 2 peregrinos.
No caminho, o táxi parou na Cruz de Ferro, onde rapidamente tiramos uma foto. Rapidamente porque estava muito frio e nosso corpo já estava adormecido com o ar quente do carro.
Dizem que quem carregar uma pedra durante todo o caminho e deixá-la sob a cruz, irá deixar todos os aborrecimentos por lá também. A gente não carregou nenhuma pedra e seguimos sem aborrecimentos do mesmo jeito. 😉

Ficamos triste por termos realizado os 20 km até Molinaseca de carro. Nos pareceu um trecho bem bonito. Mas sem chances para voltarmos.
Em Molinaseca ficamos no albergue Compostela. Foi até interessante, pois conhecemos o hospitaleiro que nos apresentou um caminho realizado em uma ilha no Japão. Quem sabe um dia…
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 29: Molinaseca (km 220) a Ponferrada (km 213)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
7 km 2 horas 180 metros 240 metros 620 metros |
Neste dia passamos por 1 localidade: Campo de Ponferrada.
Mais uma vez saímos do albergue embaixo de chuvisco. Uma pena. Se o dia estivesse melhor, daria uma voltinha no vilarejo.
Depois de Molinaseca, a descida acaba e entramos na Olla del Bierzo, com a presença de mais vinhedos.
Rapidamente chegamos em Ponferrada. Paramos para tomar um café-da-manhã, tiramos foto do Castillo de los Templários e fomos para uma pousada que reservamos pelo Booking.

Caminhamos pouco, mas foi bom para descansar nossos pés, tão judiados neste ano.
Ficamos hospedados em um Hostal e tive várias visitas durante meu sono. Acordei com várias picadas em torno da cintura, mãos, pescoço e rosto. Eram as partes do corpo descobertas. Eu fui a ceia de uma família de percevejos, uma praga na Europa.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 30: Ponferrada (km 213) a Villafranca del Bierzo (km 288)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
25 km 5h10min 610 metros 660 metros 590 metros |
Neste dia passamos por 5 localidades: Columbrianos, Fuentes Nuevas, Camponaraya, Cacabelos e Pieros.
Fui embora de Ponferrada me coçando. As picadas da noite anterior estavam me dando uma reação alérgica. Pelo menos o dia foi bem agradável. Não choveu, não ventou, não estava muito frio e até Sol teve.
Caminhamos uma boa parte do dia no asfalto, com direito a fazer compras em um mercado Dia.
Entramos em uma área de viticultura, e a uva voltou a nos fazer companhia. Junto com as cores de outono, tudo ficou muito bonito.

Neste dia, foi um dos dias mais perigosos até o momento, caminhando ao lado de uma estrada cheia de curvas.
De vez em quando víamos um gatinho no meio do caminho. Vimos mais gatos do que cachorros. O gato do dia estava em frente à Ermita del Divino Cristo em Fuentes Nuevas.

Uma coisa interessante que aconteceu foi um espanhol nos parar no meio do caminho e nos aconselhar a ver a Colegiata em Villafranca del Bierzo.
Villafranca del Bierzo é uma cidade muito charmosa. Talvez a mais bonita que ficamos até o momento.

Quando chegamos em Villafranca, fomos secos ver a tal Colegiata de Santa María, e nos demos mal. Era segunda-feira, e estava fechada. Que pena.
Nos contentamos em apreciar do lado de fora, as igrejas de San Nicolás el Real e San Francisco.


Ficamos no albergue Leo, de excelente infraestrutura. Uma atividade que comecei a incluir desde Ponferrada, foi reservar o albergue pelo menos com um dia de antecedência.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dia 31: Villafranca del Bierzo (km 288) a La Laguna de Castilla (km 163)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
26 km 7 horas 1000 metros 370 metros 1300 metros |
Neste dia passamos por 8 localidades: Pradela, Trabadelo, La Portela de Valcarce, Ambasmestas, Vega de Valcarce, Ruitelán, Las Herrerías e La Faba.
A garoa começou logo no primeiro horário do dia.

E para piorar erramos a saída oficial de Villafranca. Sem querer pegamos uma variante do caminho, subindo um morro à toa, para depois descê-lo, e acumulamos 2 km na caminhada. Tudo isso porque algumas flechas amarelas nos desviaram para Pradela, onde havia um albergue. E para piorar havia muita lama neste caminho.

Pelo menos a paisagem deste trecho era bem bonita, com vista para a cidade, estrada e vale.

Quando voltamos para o Caminho, em Trabadelo, reencontramos os peregrinos e a chuva deu uma trégua.
Caminhada foi agradável ao lado da estrada. Paramos em um café em Ambasmestas. E quando saímos do bar constatamos que ela tinha voltado. E voltou para valer. A chuva não deu trégua e seguiu incansavelmente até a noite. Foi nosso dia mais chuvoso de todo o Caminho de Santiago de Compostela. Foram quase 5 horas seguidas embaixo de água.

Caminhamos tranquilamente, apesar da chuva, até Las Herrerías. A partir deste vilarejo começa uma subida íngreme, em uma trilha de pedras, lama e água. A jaqueta impermeável dava sinal que não estava mais segurando. Quando chegamos em La Faba procuramos algum albergue aberto, apesar de já ter visto anteriormente que não havia. Foi em vão. Tudo fechado.
Com o corpo começando a molhar, caminhamos mais 2 km com uma bonita vista panorâmica e chegamos em La Laguna de Castilla, onde nos hospedamos no albergue La Escuela. Nesta vila não havia mercados, então aproveitamos o menu peregrino de 10 euros do albergue para matar nossa fome.
Essa foi nossa última noite na província de León. No dia seguinte partiríamos para a próxima província espanhola: Lugo.
Clique aqui para voltar ao menu.
Dicas
- Dicas gerais do Caminho de Santiago de Compostela estão no post principal “CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA – nosso caminho Francês no outono europeu“.
- Depender da estrutura do vilarejo onde irá pernoitar, pode ser um grande risco para comer mal. Em algumas vilas não encontramos restaurante ou mercado decente aberto. Sempre é bom dar uma olhada em algum aplicativo antes de começar o dia, para saber o que os povoados têm a oferecer. Nós usamos o Masp.Me para ver como eram as vilas. E quando necessário comprávamos comida no meio do caminho.
- Em Sahagún, é possível adquirir “La Carta Peregrina“, um certificado que o peregrino chegou na metade do caminho.
- Em novembro começa a baixa temporada, e com isso haverá menos albergues abertos. Tivemos somente um problema com hospedagem durante todo o caminho, mas para evitar inconvenientes, é possível reservar a hospedagem com um dia de antecedência. Os contatos de todos os albergues estão no aplicativo Buen Camino.
- Está animado para fazer o caminho? Vale lembrar que cada um tem que se auto-avaliar para entender se tem condições físicas e psicológicas para se aventurar em uma longa caminhada como esta. O que é fácil e divertido para alguns, pode ser um grande desafio e chato para outros.
Clique aqui para voltar ao menu.
Custos
Seguem alguns custos em em euros (EUR) e equivalentes em reais (BRL), conforme o câmbio que fizemos na época (final de 2019).
Vale observar que no aplicativo Buen Camino, é possível conferir os preços atualizados dos albergues.
Hospedagem
- Albergue municipal, em Calzadilla de la Cueza, diária individual: $EUR 5 ($BRL 25)
- Albergue Municipal Cluny, em Sahagún, diária individual: $EUR 1 ($BRL 5)
- Albergue Gaia, em Mansilla de las Mulas, diária individual: $EUR 8 ($BRL 39)
- Airbnb, em León, quarto privado e banheiro compartilhado, diária casal: $EUR 20 ($BRL 98)
- albergue peregrinos La Casa Verde, em San Martín del Camino, diária individual: $EUR 8 ($BRL 39)
- albergue de peregrinos Siervas de Maria, em Astorga, diária individual: $EUR 5 ($BRL 25)
- albergue Compostela, em Molinaseca, diária individual: $EUR 9 ($BRL 44)
- Hostal Residencia La Rosa Azul, em Ponferrada, diária casal: $EUR 22 ($BRL 108)
- albergue Leo, em Villafranca del Bierzo, diária individual: $EUR 10 ($BRL 49)
- albergue La Escuela, em Laguna de Castilla, quarto privado, banheiro compartilhado, diária casal: $EUR 32 ($BRL 157)
Comida
- Tortilla, omelete com batata, em Moratinos: $EUR 1,50 ($BRL 7)
- Café com leite, em León, individual: $EUR 0,70 ($BRL 3)
- Menu do dia, restaurante El Buche, em León, individual: $EUR 17 ($BRL 84)
- Menu do dia, em Molinaseca, individual: $EUR 12 ($BRL 59)
- Menu do peregrino, em Laguna de Castilla, individual: $EUR 10 ($BRL 49)
- Garrafa de vinho, em San Martín del Camino: $EUR 3,50 ($BRL 17)
- Café da manhã, albergue em San Martín del Camino, individual: $EUR 2 ($BRL 10)
- Mercado Dia, jantar + café da manhã + lanche, em Astorga, individual: $EUR 9 ($BRL 45)
Transporte
- Táxi, de Focebadon até Molinaseca, para 4 pessoas: $EUR 30 ($BRL 148)
Clique aqui para voltar ao menu.
Dados sabáticos até aqui
5290 km trilhados 118 cidades com pernoite 7 países 2 anos e 5 meses |
Clique aqui para voltar ao menu.
Um pouco mais
Tem muito mais aqui no blog e em nossas mídias:
Clique aqui para voltar ao menu.
Este post vale 1 real?
Nos ajude a pagar a hospedagem deste site e mantê-lo vivo.
AFILIADOS
Uma forma de nos ajudar, é realizar compras online nas lojas abaixo, após clicar nos links deste post. Assim ganhamos comissão em suas compras, e você não paga mais nada por isso.
Decathlon
Nautika
AliExpress
Nike
Submarino
Amazon
Americanas
DOAÇÃO
Também é possível realizar uma doação através de nossa chave PIX: doe@mochilaosabatico.com. Ou usar o botão do PayPal abaixo.😉
R$ 2,00
Encontrou algum erro de gramática neste post? Me avise comentando abaixo. Obrigada!