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No final de 2019 decidimos conhecer o famoso Caminho de Santiago de Compostela e percorremos o popular Caminho Francês, durante o outono europeu. Caminhamos 774 km e 39 dias por sete províncias espanholas, como segue:
Este é o segundo trecho de nosso caminho, quando percorremos a província e comunidade autônoma La Rioja, desde Viana até Santo Domingo de la Calzada.
O resumo desta caminhada está descrito no post principal “CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA – nosso caminho Francês no outono europeu“.
Você também poderá assistir este trecho em La Rioja no YouTube.
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Resumo de La Rioja
- País: Espanha
- Províncias: Navarra, La Rioja
- Início: Viana (Navarra)
- Fim: Santo Domingo de la Calzada (La Rioja)
- Distância: 59 km
- Duração: 3 dias
- Período: final de outubro de 2019
- O que mais gostei: passar pela ponte de Nájera com seu lindo gramado verde
Abaixo, segue mapa com os pontos azuis onde dormimos:
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Clima
Histórico do clima na cidade de Logroño (fonte MSN).
Mês | Temperaturas médias (ºC) | Precipitação máx. (mm) |
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro |
2 a 10 2 a 12 4 a 16 6 a 18 10 a 22 14 a 27 16 a 30 16 a 30 13 a 25 10 a 20 5 a 14 2 a 10 |
34 29 40 51 59 57 37 31 42 43 45 34 |
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Roteiro em La Rioja
Percorremos 59 km da província de La Rioja em 2 noites e 3 dias, totalizando 11 dias no Caminho Francês rumo à Santiago de Compostela, como segue:
- Viana (km 622) a Navarrete (km 600)
- Navarrete (km 600) a Azofra (km 578)
- Azofra (km 578) a Santo Domingo de la Calzada (km 563)
Dia 9: Viana (622 km) a Navarrete (600 km)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
22 km 5h30min 641 metros 586 metros 524 metros |
Neste dia passamos por somente 1 localidade: Logroño.
Saímos de Viana e fomos para nossa segunda grande cidade, Logroño.

Logo na entrada da cidade paramos para lanchar. Foi um belo lanche de pão, ovos cozidos, queijo fundido e mortadela. De sobremesa um bolo e chocolate.
Atravessar Logroño foi um pouco chato, pois é uma cidade grande com construções modernas e largas avenidas. Mas a notícia boa foi que a igreja de Santiago El Real estava aberta para visitação.
Depois da igreja, paramos em um café para irmos ao banheiro e sairmos da cidade. Como ainda era cedo optamos por não dormirmos por lá.
A saída de Logroño foi em um longo parque. Era domingo e o parque estava bem movimentado, principalmente na ponte sobre o lago.

No lago havia patos, cisnes brancos e enormes peixes lutando entre si para abocanharem pedaços de pão jogados pela criançada.

Ao sairmos do parque caminhamos ao lado de outros peregrinos até Navarrete, quando começou a chover. Era 20 de outubro de 2019 e estávamos no outono europeu. Foi nossa primeira chuva do caminho. Na verdade foi um chuvisco intenso até chegarmos em Navarrete.
Ficamos no albergue municipal e visitamos a Igreja, que tinha um grandioso altar dourado. Pena que não estava iluminado. Era necessário depositar 1 euro para que as luzes ficassem acesas. Apreciamos a arte na meia sombra mesmo.
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Dia 10: Navarrete (km 600) a Azofra (km 578)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
22 km 5 horas 580 metros 530 metros 660 metros |
Neste dia passamos por 2 localidades: Ventosa e Nájera.
Muito frio logo cedo. Saí um pouco mais agasalhada com uma tiara de fleece na cabeça. Achei que seria o suficiente. Estava enganada. Minhas mãos começaram a doer e me lembraram do frio por mais 2 horas de caminhada. Apesar do incômodo da baixa temperatura, o céu estava azul e com pouquíssimas nuvens, tornando o dia agradável.
Começamos a caminhar em um caminho de terra ao lado da estrada, quando apareceu o desvio de 1 km para Ventosa. A propaganda do desvio era bem convidativa. Falava que teríamos 1 km de arte e uma aconchegante cidade para nos receber. Quase todos os peregrinos, se não todos, foram atraídos para Ventosa.
Arte mesmo não havia muita. Algumas belas fotos no caminho e só. Em Ventosa paramos em uma cafeteria e reencontramos Danielle, uma brasileira que conhecemos alguns dias atrás. O papo estava bom e acabamos ficando quase uma hora conversando.
Depois de Ventosa apertamos o passo para tirar o “atraso” do dia. Se é que um bom papo pode ser chamado de atraso. Nem percebemos o tempo passar e chegamos em Nájera.

Nájera é uma cidade grande, e o que me chamou a atenção foi caminhar por uma ponte sobre um impecável gramado verde super bem cuidado.
O monastério de Santa María La Real também é um ícone da cidade.

Deu muita vontade de ficar por lá. Mas decidimos continuar até a minúscula Azofra.
Azofra é tão pequena que havia somente dois albergues. Ficamos no albergue municipal. O bom deste albergue foram os quartos. Cada quarto tem somente duas camas, sem beliches. Demos uma folga ao beliche, principalmente o Ramon, que sempre fica em cima.
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Dia 11: Azofra (km 578) a San Domingo de la Calzada (km 563)
Distância Tempo sem paradas Subida acumulada Descida acumulada Altitude máxima |
15 km 3h30min 390 metros 280 metros 740 metros |
Neste dia passamos por somente 1 vilarejo: Cirueña
A previsão do tempo indicava chuva às 15 horas. Fomos os últimos a sair do albergue e a enfrentar o frio lá fora. Seguimos em passos acelerados. Nosso objetivo era chegar no próximo albergue antes da chuva.
Como quase todos os dias, passamos ao lado de vinhedos. Neste dia Ramon começou a coletar uvas para desfrutá-las no caminho. Foi um belo lanchinho da manhã.
Passamos em Cirueña, onde há um campo de golfe e ninguém, absolutamente ninguém nas ruas. Parecia uma cidade fantasma.
Ao chegarmos em Santo Domingo de La Calzada, tive uma fisgada nos músculos da minha costa, e minha performance foi por água abaixo.

Para não ficarmos no caminho quando a água fosse realmente despejada do céu, com a chuva que viria, convenci Ramon de pararmos por ali mesmo.
Foi bom, pois aproveitamos o mercado Dia, com mais variedade e preços melhores que os mercadinhos que encontramos nas vilas.
À noite no albergue tive uma grata surpresa: encontrei o Jr., um amigo da minha cidade Natal. Como é bom ver rostos conhecidos no caminho!
Essa foi nossa última noite na província de La Rioja. No dia seguinte partiríamos para a próxima província espanhola: Burgos.
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Dicas
- Dicas gerais do Caminho de Santiago de Compostela estão no post principal “CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA – nosso caminho Francês no outono europeu“.
- Se programe para passar a noite em Logroño, é uma grande cidade e pode ser uma boa opção para ir em algum bom restaurante. Nájera também nos pareceu bem agradável. Infelizmente não dormimos em nenhuma dessas cidades.
- Para nós, não valeu a pena o desvio de 1 km de arte para conhecer Ventosa. Se estiver com preguiça ou pressa ou cansado, siga em frente.
- Vale a pena passar no mercado DIA e comprar comida, nem que seja para um lanchinho no meio do dia. É um bom custo x benefício.
- Está animado para fazer o caminho? Vale lembrar que cada um tem que se auto-avaliar para entender se tem condições físicas e psicológicas para se aventurar em uma longa caminhada como esta. O que é fácil e divertido para alguns, pode ser um grande desafio para outros.
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Custos
Seguem alguns custos em em euros (EUR) e equivalentes em reais (BRL), conforme o câmbio que fizemos na época (final de 2019).
Hospedagem
- Albergue Andrés Muñoz, em Viana, diária individual: $EUR 8 ($BRL 37)
- Albergue municipal de Navarrete, diária individual: $EUR 7 ($BRL 32)
- Albergue municipal de Azofra, diária individual: $EUR 10 ($BRL 46)
- Albergue de peregrinos Casa del Santo, em Santo Domingo de la Calzada, diária individual: $EUR 9 ($BRL 41)
Restaurante
- Paella, em Navarrete, individual: $EUR 5 ($BRL 23)
- Café e croissant, em Ventosa: $EUR 2,5 ($BRL 12)
Mercado
- Comida para café da manhã e jantar, mercado em Azofra, individual: $EUR 8,5 ($BRL 39)
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Dados sabáticos até aqui
4900 km trilhados 100 cidades com pernoite 7 países 2 anos e 4 meses |
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Um pouco mais
Tem muito mais aqui no blog e em nossas mídias:
Conhece o fim do mundo? Não? Então veja um pouco de nossas caminhadas mais austrais até o momento, em Ushuaia e Isla Navarino.
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