Se você acompanha nosso blog, já deu para perceber que em 2019 percorremos um trecho da Pacific Crest Trail, ou simplesmente PCT. Na verdade foi um longo trecho. Fizemos quase a metade dos 4200 km desta imensa trilha dos Estados Unidos. Achei interessante fazer um post específico sobre a melhor parte de nossa PCT: os nossos 300 km da John Muir Trail. Então vamos lá…
Este post está organizado na seguinte ordem:
A trilha
A John Muir Trail, ou JMT, é uma das trilhas mais famosas dos Estados Unidos, localizada na Califórnia, e percorre 340 km em 2 florestas nacionais (Inyo e Sierra) e 3 parques nacionais (Yosemite, Kings Canyon e Sequoia).
A trilha inicia no Yosemite Valley, percorre a High Sierra Nevada, e termina no ponto mais alto dos Estados Unidos, fora do Alasca e Havaí: o Mount Whitney, a 4420 metros de altitude.

É uma baita travessia, em um lugar lindo, com um monte de gente dando carona (não sei se isso vai mudar após a pandemia) e manutenção impecável. Se você está pensando em percorrer a JMT nas suas férias, se prepare para 30 dias de intensa caminhada.
Sabe a Serra Fina, considerada por muito tempo a mais difícil do Brasil? Pois é, a JMT é como uma Serra Fina non-stop por 25 dias, com “pitada de neve” e cruzamento de rios. Para piorar ainda tem que levar um Bear Canister na mochila e fazer toda a comida caber lá dentro (depois explico o que é isso).

Mas por outro lado, o termo escalaminhada definitivamente não é conhecido por lá. Nada de ficar em quatro apoios, se pendurar em pedras, ou segurar em troncos e folhagens para não cair em algum precipício abaixo. Lá a trilha é top das galáxias. Não é incomum ver degraus moldados nas pedras nos passos de montanha. E toda a subida é em zigue-zague, mais longa, mas muito mais suave e sem perrengues.

E tudo é compensado pelas paisagens. Muitos lagos de águas cristalinas e geladas, com montanhas nevadas no horizonte, canyons e paredões de granito.

É uma beleza surreal, infinita e inesquecível. Com oportunidade de avistar animais selvagens, como veados, marmotas, esquilos, e com sorte, algum urso.

Uma característica peculiar da trilha é sua altitude. Ela percorre o que chamam de High Sierra Nevada, a parte mais alta de uma cordilheira localizada na parte oriental da Califórnia. No total são 10 passos de montanha que compõem a trilha. No sentido norte para sul, seguem os passos e suas altitudes:
- Cathedral Pass (2960 metros)
- Donohue Pass (3370 metros)
- Island Pass (3110 metros)
- Silver Pass (3320 metros)
- Seldon Pass (3310 metros)
- Muir Pass (3640 metros)
- Mather Pass (3680 metros)
- Pinchot Pass (3690 metros)
- Glen Pass (3650 metros)
- Forester Pass (4020 metros)

Boa parte da JMT se sobrepõe à Pacific Crest Trail, o que nos possibilitou conhecer quase 300 km dela. Infelizmente não conhecemos cerca de 40 km da John Muir Trail, referente ao Yosemite Valley, pois a PCT não passa por lá. Com isso o único passo de montanha que não pisamos foi o Cathedral Pass.
No vídeo abaixo é possível ver no mapa o nosso percurso.
Tem muito mais informações sobre a trilha no site da PCT Association.
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Sentido e roteiro
Percorremos a JMT no sentido norte para sul. Achamos que esse sentido é o ideal. Primeiro porque você irá começar em altitudes menores e ir subindo aos poucos, finalizando no cume do Mount Whitney a 4420 metros de altitude. Essa altitude já é alta e se não estiver bem aclimatado poderá ficar bem cansado. Então fazer logo de cara o Mount Whitney poderá não ser o ideal para aproveitar um dos maiores cumes dos Estados Unidos como ele merece.
Além disso, tem lugar melhor para terminar uma trilha?

No site da PCT Association tem um gráfico com toda a elevação da trilha e sugestão de roteiro, de norte para sul, em 21 dias.
Nós fizemos nosso pedaço da John Muir Trail em 24 dias e 378 km, sendo
- 22 dias caminhando
- 2 dias de descanso
- 44 km do Mount Whitney até Horseshow Meadows (não é a saída oficial da JMT)
- 22 km fora da JMT, para sair e voltar pelo Keasarge Pass e nos abastecer em Bishop
Se eu fosse fazer a JMT completa acredito que nós conseguiríamos fazê-la em 28 dias, incluindo 3 dias de descanso. Daria um período de férias exato e bem apertado. O ideal é tirar férias e emendar com o feriado do dia 7 de setembro. Não se esqueça de comprar o Bear Canister assim que você chegar nos Estados Unidos. Explico o que é isso mais adiante.
Para ver nosso dia-a-dia na trilha com detalhe, acesse os posts abaixo:
- Trecho 17: Tuolumne Meadows (milha 942) a Devils Postpile (milha 909)
- Trecho 18: Devils Postpile (milha 907) a Vermilion Valley Resort (milha 879)
- Trecho 19: Vermilion Valley Resort (milha 879) a Keasarge Pass (milha 789)
- Trecho 20: Keasarge Pass (milha 789) a Horseshoe Meadows (milha 751)
O trecho mais lindo foi o 19º, quando caminhamos no Kings Canyon National Park.

Eu nem sabia que esse parque existia até pisar nele. É muito, muito, muito lindo, com enormes paredões de granito nos rodeando todo o tempo, compondo um cenário de tirar o fôlego com imensas lagunas.
A finalização da trilha no cume Mount Whitney (nosso trecho 20 da PCT) também foi imperdível.
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Abastecimento
Os pontos para conseguir alguma comida próximos ou no meio da trilha são:
- Tuolumne Meadows (loja, restaurante, correio, ônibus)
- Red Meadows (hospedagem, loja, restaurante, correio, ônibus)
- Vermillion Valley Resort (hospedagem, camping, loja, restaurante, correio e hiker box)
- Muir Ranch (hospedagem, correio e hiker box)
Muitos hikers costumam enviar comida para os pontos comerciais acima. E toda a comida que sobra é depositada em uma caixa conhecida como hiker box. Desse modo os próximos hikers podem pegar o que tiver nessas caixas gratuitamente. Nós não enviamos nenhuma caixa, mas pegamos muita comida nos hiker boxes do Vermillion Valley Resort e Muir Ranch. Havia MUITA comida sobrando por lá.

Vale observar que:
- Não entramos no Tuolumne e Red Meadows, então não tenho certeza se há hiker box nesses dois lugares.
- Além do custo do correio, o envio de caixas para os pontos comerciais acima tem um custo e procedimentos extras. Detalhes atualizados estão no site da PCTA.
Fora esses pontos de abastecimento, há algumas saídas da JMT para a estrada, com tentativa de carona para alguma cidade. Nós usamos a saída do Keasarge Pass para nos abastecermos em Bishop.

Se prepare. Essas saídas significam pelo menos dois dias a mais de caminhada (ida-e-volta) e um passo de montanha. Para evitar essas saídas, você vai ter que andar muitos km por dia durante a JMT, para terminar a trilha antes da comida, ou passar fome.
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Melhor época
Além das belas paisagens da High Sierra Nevada, a JMT também tem a vantagem do clima californiano, com dias ensolarados e secos no verão.
Tenha em mente que antes do verão, haverá muita neve e pode ser bem perigosa a caminhada nos inclinados e escorregadios passos de montanha. Quando começa o verão, a neve irá derreter e deixar os rios muito altos, tornando a travessia dos mesmos perigosa. Então o ideal é caminhar quando a neve estiver derretida, a água dos rios estiver baixa e o clima ensolarado. Exatamente quando a maioria das pessoas quer ir, na ALTA TEMPORADA, que acontece por volta do mês de agosto.

Nós caminhamos a JMT no final da temporada. Era mês de setembro e estava tudo perfeito, com pouca neve e os rios eram meros córregos de água. Claro que isso varia de ano para ano. O ano que fomos foi um dos anos que mais havia neve na Sierra Nevada. Em anos com menos neve, talvez, no início de julho já seja um bom período para caminhar. Uma coisa é certa: em outubro já é hora de sair da trilha, pois começa a fazer um baita frio e junto com ele vem as nevascas.

No site PCTA – snow há um resumo de informações sobre o nível de neve na trilha. Achei interessante o link do site NOHRSC, onde é possível comparar o nível de neve de vários anos. Os anos de 2017 e 2019 foram anos com muita neve na Sierra Nevada.
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Permissões
Para percorrer as trilhas dos parque nacionais dos Estados Unidos é necessário ter uma permissão. E claro que a emblemática JMT não pode ficar de fora.
Para quem percorre o sentido Sul para Norte, as permissões são concedidas pelo Portal Whitney. E para quem percorre o sentido Norte para Sul, as permissões são aprovadas pelo Yosemite National Park.
No nosso caso pedimos um permit para percorrer 2000 milhas, ou 3200 km, da Pacific Crest Trail, onde a John Muir Trail estava no meio. A JMT tem 200 milhas (320 km) e a PCT libera permits somente para mais de 500 milhas (800 km). Muito número, né? Mas na prática ninguém conferiu quantas milhas nós percorremos. Só tivemos uma conferência durante a JMT, quando cruzamos com um guarda-parque no meio da trilha. O permit tem que estar impresso, não adianta mostrar documento eletrônico pelo celular. Então já deixa ele no jeito para você não ter que tirar tudo da mochila e pegar ele lá no fundo quando o guarda-parque pedir.
Nós conseguimos nosso permit para PCT em fevereiro para começar em maio. Quando chegamos nos Estados Unidos mudamos o roteiro de nosso permit duas vezes e acabamos caminhando a JMT em setembro. Isso foi em 2019. Para 2020 as regras mudaram, e o que tudo indica essas alterações de última hora serão mais difíceis de serem aprovadas. Tivemos sorte.
O permit da PCT permite que você caminhe a PCT, claro!! E é de graça. Mas infelizmente os 40 km iniciais da ponta norte da John Muir Trail, no Yosemite Valley, não fazem parte da PCT. Para caminhar esses 40 km iniciais, ou você pode tentar a sorte no dia, pedindo uma vaga direto no guarda-parque, ou tentar pela internet no site do Yosemite (com 168 dias de antecedência… SUPER fácil…).
O final da JMT é no Mount Whitney. Oficialmente o Mount Whitney também não faz parte da PCT, mas quem faz PCT pode ir até o cume e voltar, pelo menos até 2019 (sempre é bom conferir as regras no site oficial, já que sempre mudam).
Para ir embora do Mount Whitney, há dois modos: ir embora por alguma saída da PCT (que foi o nosso caso), ou ir embora pelo modo oficial da JMT, que é pelo Portal Whitney. Para o último caso é necessário pedir um permit no site do Portal. Também não parece ser nada fácil.
Tem outro permit necessário que é sobre fogueiras. Na prática nós não gostamos de fogueiras. Fica tudo fedido com aquele cheiro de fumaça. Odeio. Ninguém nos cobrou sobre o Fire Permit, mas não custa nada deixar tudo certo. O link está no site da PCTA. Já deu para perceber que é obrigatório devorar esse site para planejar a trilha.
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Equipamentos
Eu, Paula, não sou muito de falar de equipamentos. Quem quiser tirar alguma dúvida específica, pergunte que encaminho para o Ramon. Mas no geral usamos os mesmos equipamentos que usamos na Serra da Mantiqueira, com exceção do Bear Canister.
Vou fazer algumas considerações, que acho pertinentes.
Barraca
Usamos a barraca chinesa 3F UL Gear, modelo Lanshan 2, durante nossas caminhadas pela Pacific Crest Trail em 2019 e pela Patagônia em 2020.
Essa barraca não tem armação e a sustentação é feita com dois bastões de trekking. A-do-ra-mos a barraca. Compramos no AliExpress, entregue direto em sua casa. É razoavelmente leve, com 1250 gramas incluindo os specs. Projetada para duas pessoas é bem espaçosa.

Confesso que quando acampamos no Parque Eólico Tehachapi, nos Estados Unidos, ela quase decolou. Até hoje tivemos 2 noites que a barraca desmoronou, além do parque eólico, a outra vez foi em El Chaltén na Argentina. Mas não carregar as pesadas armações durante vários dias, compensou essas duas noites ventosas. O Ramon que o diga…

Além disso, compramos o modelo “quatro estações” (classificação informada pelo fabricante). Ou seja, a parede interna não é furada. Sen-sa-cio-nal. Tela de mosquiteiro nunca mais!!! O nosso quartinho ficou infinitamente mais quentinho. Como 99,99% de nossos campings são no frescor de uma montanha, as chances de passarmos calor é mínimo.

Observe nas próximas fotos, que é possível ajustar a altura da porta da barraca para que ela fique bem rente ao solo (ideal para as noites mais frias) ou deixar um vão para arejar (no calor).


O grande desafio desta barraca é mantê-la de pé em terrenos arenosos e rochosos, onde os specs são inúteis. Nesses terrenos a ajuda de pesos, como pedras, será essencial para substituir os specs e manter a barraca estável. Nós já acampamos em cima de rocha e terrenos não muito firmes, mas com generosas pedras para nos ajudar. Deu tudo certo.
Qual o primeiro sinal de “envelhecimento” que a barraca nos sinalizou? Os zíperes. Os zíperes começaram a desalinhar e a emperrar. Não sei ao certo com quantas noites isso começou a acontecer, mas com a ajuda de duas pedras no meio da PCT, apertamos o cursor e conseguimos ir levando. Mas a melhor alternativa é trocar o cursor por um novo, assim que possível. Fizemos isso depois de 127 noites de uso, quando estávamos na Patagônia Argentina.
Esta barraca está atualmente, maio de 2020, com 180 noites de uso (114 noites na Pacific Crest Trail e 66 noites na Patagônia). E continuaremos com ela.
Isolante
Usamos o isolante inflável TREK700 FORCLAZ da Decathlon. Pesa 530 g. Não é dos melhores, mas tem um bom custo x benefício, como quase tudo na Decathlon. E ainda tem garantia de 2 anos, como tudo na Decathlon. Mas vale observar que esse isolante é projetado para temperaturas superiores a 10ºC. Nas primeiras noites na JMT passei frio. E senti frio somente onde meu corpo encostava no isolante. A solução? Coloquei tudo o que podia embaixo do isolante. Foram roupas, toalha, sacos plásticos, capa de chuva da mochila… E… Resolvido! Não passei mais frio.
Outro ponto importante… furou? Fita adesiva, tipo Silver tape, resolve. Até hoje consegui encontrar os furos do meu isolante com certa facilidade.
Também pode dar problema na válvula… E aí não sei como arrumar. Eu convivo com o problema.
Não quer esse tipo de problema? Não compre isolante inflável. Eu prefiro o conforto do isolante inflável e ir convivendo com esses problemas, pois durmo muitas noites no ano no isolante, e o inflável é bem mais confortável. E eu também tenho um sono MUITO fácil. Ficou murcho? Dou uma soprada sem levantar, viro de lado, e imediatamente reinicio meu ronco noturno. Acordo no dia seguinte como nada tivesse acontecido. Eu vou continuar com este isolante. Afinal de contas… são dois anos de garantia… E toda vez que trocamos, temos mais dois anos… e assim vai…
Na prática, eu troco o isolante toda a vez que volto para o Brasil, mais ou menos, a cada 4 meses.
Mas se eu fosse usar o isolante somente nas férias, eu não optaria por um inflável. É bom evitar qualquer imprevisto nos dias mais preciosos de qualquer trabalhador. E isolante inflável é quase sinônimo de imprevisto.
O Ramon, mas root, ainda está pensando se continua com o inflável.
Saco de dormir
Nosso saco de dormir é da China também. É da AEGISMAX G2M recheado com pumas de ganso, e por isso mais leve que os sintéticos. Junto com o saco de compressão pesa 1060 gramas. A temperatura de conforto é -2 ºC , e nos aqueceu bem em todas as noites da John Muir Trail.
Mas… para não falar que foi perfeito, ele começou a descosturar. O que eu fiz? Costurei (sempre carregamos um pouco de linha e agulha) e está tudo certo. Segue o baile…
Este saco de dormir já dormiu 114 noites na Pacific Crest Trail e 154 noites na Patagônia, totalizando 268 noites bem quentinhas.
Jaqueta Impermeável
Aqui vale um comparativo entre as jaquetas impermeáveis e respiráveis da The North Face e Marmot.

Eu, Paula, tenho uma Marmot, modelo PreCip Eco. O Ramon tem uma The North Face, modelo Venture. Compramos as duas jaquetas praticamente no mesmo momento.
Para a John Muir Trail, tanto faz uma como a outra, pois na Califórnia praticamente não choveu durante os 5 meses que ficamos por lá. E como corta-vento ambas as jaquetas são equivalentes.

Porém… quando fizemos o Caminho de Santiago de Compostela no outono, choveu muito. No pior dia ficamos 5 horas caminhando embaixo de chuva. E não tem roupa “impermeável” que resista tantas horas. Ambos estávamos molhados no final do dia, mas o Ramon, com sua jaqueta The North Face, estava bem mais que eu. Claro que é difícil bater o martelo de qual jaqueta é a melhor, pois há outras variantes que interferem. Mas se tivermos que comprar uma nova jaqueta e pudermos escolher entre The North Face e Marmot, escolheremos a Marmot.
Bear Canister
O Bear Canister é item OBRIGATÓRIO na John Muir Trail. Em algum momento um guarda-parque irá conferir se você o está carregando.

O que é isso? É tipo um balde de plástico rígido com uma tampa rosqueável, pesando 1160 gramas. Dentro deste balde você tem que colocar TODA a sua comida e itens que tem cheiro (como pasta de dente). Aí você coloca esse balde longe da barraca durante a noite. Se aparecer algum urso, ele não consegue pegar ou abrir o balde. Assim você fica seguro do urso e o urso seguro de nossa comida.
Nós compramos os nossos “baldes” na primeira loja REI que passamos, ainda em Los Angeles.
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Custos
Seguem alguns custos em dólares americanos (USD) e equivalentes em reais (BRL), conforme o câmbio que fizemos na época.
Los Angeles
- Airbnb em Los Angeles, diária casal: $USD 63 ($BRL 256)
- Bear Canister na loja REI: $USD 80 ($BRL 326)
Mammoth Lakes
- Motel 6, hospedagem em Mammoth Lakes, diária casal com café da manhã: $USD 103 ($BRL 406)
- Lanche, combo em Carls Junior, em Mammoth Lakes: $USD 12 ($BRL 46)
- Mercado Grocery Outlet em Mammoth Lakes, comida para trilha, média diária individual: $USD 4 ($BRL 17)
- Ônibus, de Mammoth Lakes até Tuolomne Visitor Center, individual: $USD 11 ($BRL 43)
Vermilion Valley Resort
- Chuveiro com toalhas, em Vermilion Valley Resort, individual: $USD 7 ($BRL 28)
- Lavanderia, lavagem e secagem de roupas, em Vermilion Valley Resort: $USD 7 ($BRL 28)
Independence
- Chuveiro, no posto de gasolina em Independence: $USD 5 ($BRL 20)
Bishop
- Mercado Vons em Bishop, comida para trilha, média diária individual: $USD 7 ($BRL 28)
- Lavanderia, em Bishop: $USD 3 ($BRL 12)
- Hospedagem El Rancho , em Bishop, diária casal sem café da manhã: $USD 100 ($BRL 394)
Lone Pine
- Hospedagem Dow Villa, em Lone Pine, diária casal sem café da manhã: $USD 80 ($BRL 315)
- Lavanderia, em Lone Pine: $USD 5 ($BRL 20)
Cotação comercial em 30/9/2019:
$USD 1,00 = $BRL 4,16
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Preparo Físico
A John Muir Trail foi a parte mais pesada de nossa Pacific Crest Trail. Quando chegamos na JMT já tínhamos percorrido quase uns 1500 km de trilha, então estávamos muito bem preparados. Mas fico imaginando o pessoal que trabalha em centros urbanos, e dedica suas férias para essa trilha. Não deve ser fácil.
É muito sobe-e-desce, muito acúmulo de desnível e carregando muita comida.
Quando a gente morava em prédio, trabalhava como todo mundo e tirava 30 dias de férias por ano, nosso modo de preparação predileto era subir e descer a escada de nosso prédio com pesos. Eu fazia um cinto de 10 km com minhas tornozeleiras de ginástica. Mas dá para encher uma mochila com livro, garrafas de água, ou qualquer coisa pesada, vestí-la e ir para a escada. Recomendo.
Caso queira se aventurar nesse destino, te desejo boa sorte, ou bons ventos como estão dizendo por aí ultimamente. Lembrando que cada um tem que se auto-avaliar para entender se tem condições físicas, psicológicas e técnicas para se enfiar na natureza selvagem.
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Olá! Parabéns pela clareza e concisão do texto, muito elucidativo! Tenho pesquisado muito sobre a JMT em blogs dos USA e foi muito gratificante ver seu post. Me inscrevi para esse ano, final de setembro e inicio de outubro e estou aguardando os sorteios. Uma informação que nunca encontrei: ao término da trilha, no portal, como conseguir transporte até Lone Pine? De lá vocês foram para Mammoth Lakes? Desde já, muito obrigado pela gentileza da resposta.
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Oi Claudio! Que bom que meu post foi útil para vc 😊. Nós não terminamos a trilha no portal, pois nosso permit, que era da PCT, não permite os PCT hikers caminhar do Mt Whitney até o portal. Tivemos que sair em uma outra saída, um pouco mais longe. De qualquer modo, o transporte que nós sempre usamos para sair em todos os nossos trechos da PCT, inclusive durante a JMT, foi a carona. A carona não falhou nenhuma vez. Mas vale observar, que outubro começa a baixa temporada. Então a carona pode demorar um pouco. Nossa última carona, no final de setembro, demorou mais de 1 hora.
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Outro ponto, Claudio. Nós saímos da JMT no final de setembro. Se não me engano, era dia 30/set, e estava um frio monstro. Muito, muito frio mesmo. Nas últimas noites acordarmos com a água congelada dentro da garrafa. Em outubro, corre-se o risco de pegar neve. E além do frio, a trilha fica escorregadia. Mas acredito que vc já deve ter pesquisado sobre isso também. Espero que vc consiga o permit. A trilha é lindíssima.
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