América do Sul, Brasil, Santa Catarina, Sul

MEIA VOLTA EM FLORIPA – 143 km pela Ilha de Santa Catarina

 

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Em agosto de 2022 viajamos até Santa Catarina, e conhecemos a sua mais famosa ilha, a Ilha de Santa Catarina, caminhando.

A Ilha de Santa Catarina, também conhecida como Ilha da Magia ou Floripa, é confundida como sendo a capital catarinense Florianópolis. Mas na verdade, Florianópolis é formada por duas áreas: a parte continental, que representa 3% de sua área total, e uma parte insular, formada predominantemente pela Ilha de Santa Catarina.

O perímetro da ilha é de aproximadamente 200 km, e nós conhecemos cerca de 143 km desta linda capital em 9 dias, passando por diversas paisagens deslumbrantes, incluindo 33 praias, 13 Unidades de Conservação e 9 morros. Apesar de ser possível acampar, não levamos barraca e dormimos todas as noites em confortáveis hospedagens.

Em breve você também pode ver nossa caminhada em nosso canal do YouTube.


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  1. Resumo
  2. A trilha
  3. Clima
  4. Acesso
  5. Custos
  6. Relato
  7. Outros caminhos
  8. Outras fontes
  9. Nos acompanhe
  10. Valeu?

Resumo

  • País: Brasil
  • Estado: Santa Catarina
  • Localidade: Ilha de Santa Catarina em Florianópolis 
  • Trecho 1: praia do Pontal (Baía Norte) → Caieira da Barra Sul
  • Trecho 2: Sambaqui → Cacupé
  • Distância total: 143 km
  • Duração: 9 dias
  • Altitude mínima: nível do mar
  • Altitude máxima: 255 metros (Morro das Aranhas)
  • Realizado em: meados de agosto de 2022
  • Tracklog: Wikiloc
  • Previsão do tempo: Windguru
  • Mídias: Shorts

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A trilha

Segue abaixo o nosso percurso no mapa:

ETAPAS e SENTIDO

Fizemos nossa volta de Florianópolis em duas etapas. Como não achamos interessante caminhar por todo o perímetro da ilha, evitamos os caminhos veiculares, a área militar, o aeroporto e a área central de Floripa. Praticamente pulamos as costas sudoeste a centroeste, que vai deste Caieira da Barra Sul até Cacupé.

Desse modo percorremos nossa volta à Ilha como segue:

Trecho 1: praia do Pontal na Baía Norte até Caieira da Barra Sul
 Caminhamos por 8 dias pelas costas norte, leste e sul da ilha, no sentido horário.

Deslocamento veicular: Caieira da Barra Sul até Sambaqui

Trecho 2: Sambaqui até Cacupé
 Caminhamos em um dia somente um pequeno trecho da costa noroeste da ilha, no sentido anti-horário, indo do norte para o sul.

Depois de finalizarmos nossa volta à ilha percebemos que poderíamos ter juntado os trechos 1 e 2, se tivéssemos pego um barco em Sambaqui para atravessar a Baia Norte, Fica a dica para quem quer se aventurar neste circuito sem usar um veículo para se locomover.

Pelas minhas anotações, conhecemos no total, 33 praias catarinenses. Sendo elas:

  1. Praia do Pontal
  2. Praia da Daniela
  3. Praia de Jurerê
  4. Praia de Canajurê
  5. Praia de Canasvieiras
  6. Praia da Cachoeira do Bom Jesus
  7. Ponta das Canas
  8. Praia da Lagoinha do Norte
  9. Praia dos Ingleses
  10. Praia do Santinho
  11. Praia de Moçambique
  12. Barra da Lagoa
  13. Praia da Galheta
  14. Praia Mole
  15. Praia da Joaquina
  16. Praia do Rio Tavares
  17. Praia do Campeche
  18. Praia do Morro das Pedras
  19. Praia da Armação
  20. Praia do Matadeiro
  21. Praia da Lagoinha do Leste
  22. Pântano do Sul
  23. Balneário de Açores
  24. Praia do Rio das Pacas
  25. Praia do Saquinho
  26. Praia dos Naufragados
  27. Praia da Caieira da Barra do Sul
  28. Praia da Barra de Sambaqui
  29. Praia do Sambaqui
  30. Praia do Hipólito
  31. Praia do Zé da Benta
  32. Praia do Teodoro
  33. Praia do Cacupé Grande

MODAL

Fizemos todo o percurso a pé, mas com algumas adaptações há vários modos de conhecer a trilha. Nas minhas pesquisas, li relatos de grupos que percorrem a ilha competindo em corridas de revezamento, pedalando e navegando em caiaques. E claro, que dá para conhecer a trilha em veículos automotivos. Florianópolis é bem democrático.

Sobre as pernoites, fizemos todo o percurso dormindo em pousadas, utilizando o Booking. Na baixa temporada não reservamos nenhuma hospedagem com antecedência, e foi tranquilo.

Arrisco dizer que dá para acampar quase todos os dias na Ilha. Vimos vários lugares para acampamento selvagem. Também vimos alguns campings pagos, mas estavam fechados na baixa temporada.

TERRENO e SINALIZAÇÃO

A volta na Ilha de Santa Catarina passa por diversos terrenos, porém a maioria sem muitos obstáculos. Predomina a caminhada em areia, asfalto e trilhas bem definidas. Houve alguns raros momentos que ficamos na dúvida onde seria a trilha. Para nos orientar usamos o aplicativo Maps.Me.

Se tiver, é melhor ir com um calçado apropriado para trilhas. Alguns trechos rochosos podem ser bem escorregadios, principalmente quando a trilha segue pela costa rochosa ao lado do mar. Nós chegamos a desistir de caminhar na trilha por conta do perigo de escorregar.

Outro ponto importante é levar em consideração as condições da maré, que pode atrapalhar a caminhada pela praia.

FAUNA E FLORA

Aproximadamente 41% da área terrestre do município de Florianópolis é protegida por Unidades de Conservação (UC), totalizando cerca de 21 UCs. Nós tivemos o privilégio de conhecermos 13 Unidades de Conservação, sendo elas:

  1. Estação Ecológica Carijós
  2. Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe
  3. Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho
  4. Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro das Aranhas
  5. Parque Estadual do Rio Vermelho
  6. Monumento Natural Municipal da Galheta
  7. Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição
  8. Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri
  9. Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste
  10. Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca
  11. Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
  12. Área de Preservação Ambiental do Entorno Costeiro
  13. Parque Anibal da Rocha Nunes Pires

Durante nossa caminhada vimos aves, pinguins, corujas e até macaquinhos. Com sorte é possível avistar baleias no mar. Em Florianópolis, a época ideal para avistar baleias é entre os meses de julho e novembro, durante a temporada de migração das Baleias Francas Austrais.

Com certeza a fauna é muito mais rica do que pudemos apreciar. Deixo por aqui fotos de algumas aves que vimos, e o perfil da Fauna Floripa, um projeto que estuda a fauna deste linda região.

A flora predominante é a Mata Atlantica. As dunas e restingas também foram muito presentes. Deixo o link de um site onde relata as árvores de Floripa: Árvores de Floripa.

HIDRATAÇÃO e ALIMENTAÇÃO

Para nossa alimentação, tomávamos café da manhã nas pousadas, seja fornecido pela própria pousada ou comprado por nós um dia antes. Sempre levamos um lanchinho de trilha adquirido em alguma padaria ou mercadinho, e todos os dias fazíamos alguma refeição em restaurante. 

Sobre hidratação, encontramos alguns riachos nas trilhas, mas achei bem desnecessário coletar água para beber durante o dia. Foi bem mais prático já sair da pousada carregando a quantidade de água suficiente para o dia, que para mim no inverno foi 1 litro.

ALTIMETRIA

Por ser uma trilha litorânea, a altitude variou muito pouco durante nossa volta à Ilha de Santa Catarina, variando desde o nível do mar até a altitude máxima de 255 metros, no Morro das Aranhas. 

altimetria volta Floripa

No total, subimos em 9 morros. Todos nos proporcionaram belas vista de Florianópolis. Foram eles:

  1. Morro do Forte (117 msnm)
  2. Morro das Canas (100 msnm)
  3. Morro do Rapa (160 msnm)
  4. Morro da Cachoeira (245 msnm)
  5. Morro dos Ingleses (160 msnm)
  6. Morro das Aranhas (255 msnm)
  7. Morro da Galheta (180 msnm)
  8. Morro do Gravatá (mirante a 90 msnm)
  9. Morro da Coroa (220 msnm)

Clima

A melhor época para visitar áreas naturais é na época seca, pois obviamente é mais agradável caminhar sem estar molhado, e sem pisar em um solo enlameado. Na época seca provavelmente o céu estará menos encoberto e as chances de apreciar bonitas paisagens são maiores. No caso de trilhas praianas, deve-se considerar também a possibilidade de um banho no mar. Particularmente eu não faço questão de entrar no mar, então para mim os meses mais frescos são os melhores.

Em Florianópolis, o verão é morno e opressivo; o inverno é longo, ameno e de ventos fortes. Avaliando os sites Weather Spark e Worldmeteo, observa-se que os meses mais secos, mais frescos, menos abafados e menos encobertos são: maio, junho, julho e agosto.

Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 29 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 32 °C. Sendo que o mês mais quente é fevereiro, e o mais fresco é julho.

clima em Florianópolis (fonte: https://www.worldmeteo.info/)

Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação, sendo que o mês mais chuvoso é janeiro, e os menos chuvosos são abril, maio, junho e julho.

Florianópolis tem variação sazonal extrema na sensação de umidade. O período mais abafado do ano dura 7,5 meses, de 4 de outubro a 21 de maio, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos em 26% do tempo. O mês com menos dias abafados em Florianópolis é julho.

A temperatura média da água passa por variações sazonais extremas ao longo do ano. A época do ano em que a água é mais quente dura 3,7 meses, de 20 de dezembro a 10 de abril, com temperatura média acima de 24 °C. Ou seja, para quem faz questão de dar um ti-bum gostoso no mar, vai sofrer com uma caminhada em altas temperaturas, embaixo de chuva, em um clima abafado.

NOSSA TRILHA EM AGOSTO

Caminhamos na Ilha de Santa Catarina no mês de agosto, Foram dias muito agradáveis, com predominância de Sol e clima fresco, perfeito para a caminhada. Não ventou muito, tivemos alguns dias de chuva fraca e outros dias um pouco mais frios. Como não entramos na água, a temperatura fria do mar não fez diferença. Vale observar que mesmo estando na época mais seca do ano, tivemos dificuldade em secar nossas roupas.

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Acesso

Chegamos e saímos de Florianópolis em um ônibus rodoviário. Para nos locomovermos até o início da trilha usamos o Uber, o que foi usado também para retornamos para a rodoviária no final de nossa jornada.

O deslocamento que fizemos no meio de nossa volta foi percorrido em um ônibus regular de linha em conjunto com Uber.

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Custos

Seguem alguns custos médios em reais, conforme preço da época (agosto de 2022):

  • Hospedagem, em pousadas e hotéis simples, quarto duplo com banheiro privativo, a maioria oferecia café da manhã, média da diária para o casal: R$ 138
  • Refeição, em restaurantes, almoço ou jantar, média da refeição individual: R$ 50
  • Mercado, compra de lanches, preço médio individual por dia: R$ 23
  • Uber, da rodoviária até Canasvieiras: R$ 35
  • Ônibus, linha regular, individual: R$ 4,50

Cotação comercial em 12/08/2022:
$USD 1,00 = R$ 5,08

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Relato

Fizemos a caminhada em 8 noites e 9 dias, como segue:

  1. praia do Pontal (Baía Norte) → praia de Canasvieiras
  2. praia de Canasvieiras → praia dos Ingleses
  3. praia dos Ingleses → Morro das Aranhas → praia do Santinho
  4. praia do Santinho → Barra da Lagoa
  5. Barra da Lagoa → praia do Campeche
  6. praia do Campeche → praia da Armação
  7. praia da Armação → Pântano do Sul
  8. Pântano do Sul → Caieira da Barra Sul
  9. Barra de Sambaqui → Cacupé

Dia 1: praia do Pontal (Baía Norte) → praia de Canasvieiras

Distância
Altitude máxima
17 km
117 metros

Passamos por:

  • Praia do Pontal
  • Praia da Daniela
  • Morro do Forte (117 msnm)
  • Fortaleza de São José da Ponta Grossa
  • Praia de Jurerê
  • Praia de Canajurê
  • Praia de Canasvieiras

Chegamos em Floripa um dia antes e, buscando economia, escolhemos um hotel na praia de Canasvieiras. Uma vez em Canasvieiras começamos a planejar como seria nosso primeiro dia de nossa volta à Ilha de Santa Catarina.

Nossa jornada teve início na praia do Pontal, na Baía Norte. Devido à presença do rio Ratones, um obstáculo natural, decidimos iniciar e finalizar o trajeto próximo ao rio, sem a necessidade de atravessá-lo em embarcações. Seguimos em direção à Baía Norte, pegando um Uber que nos deixou na praia da Daniela às 9 horas. Como choveu nos dias anteriores, havia muita rua alagada no balneário, inclusive os acessos à praia. Após algumas tentativas, finalmente conseguimos chegar na praia.

Caminhamos pela areia em direção à praia do Pontal, onde observamos pescadores tentando a sorte. Do outro lado da baía, arranha-céus imponentes se erguiam no continente. 

Florianopolis_praia do Pontal
vista para a cidade na praia do Pontal

E foi ali que nossa volta à ilha oficialmente começou. Era agosto, fora da temporada, e encontramos apenas algumas pessoas caminhando e correndo pela praia. Esta área da praia do Pontal faz parte de uma Unidade de Conservação de Floripa: Estação Ecológica Carijós.

Florianopolis_praia do Pontal_Praia da Daniela
caminhando entre as praias do Pontal e da Daniela

Seguindo em direção noroeste, passamos pelas praias do Pontal e Daniela, e subimos o morro do Forte, presenteando-nos com uma vista deslumbrante da nossa caminhada. A 117 metros de altitude, alcançamos o ponto mais alto do dia.

Florianopolis_Morro do Forte
Vista para praia Daniela no Morro do Forte em Florianópolis

 

Florianopolis_morro do forte
Vista para a praia de Jurerê no Morro do Forte

O morro do Forte termina na Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Fizemos um pequeno desvio para conhecê-la. A beleza da fortaleza por fora era inegável. Homens trabalhavam em sua reforma, e infelizmente a visitação não era permitida naquele momento.

Florianopolis
Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Continuando nossa jornada em direção sudoeste, chegamos à praia de Jurerê. Inicialmente, começamos a caminhar pela praia, mas logo percebemos um caminho paralelo que nos pareceu mais convidativo. Era o Passeio dos Namorados, um caminho arborizado e charmoso, com diversas baladas e estilosos restaurantes, a maioria fechados naquele horário.

Florianopolis_Jurere
praia de Jurerê

Ao sairmos do caminho arborizado, um imprevisto: havíamos esquecido de levar lanche! Com fome, paramos para almoçar em um restaurante. Durante o almoço, a maré subiu consideravelmente, e quando voltamos para a praia, a faixa de areia havia desaparecido, impedindo-nos de seguir pela costa até Canasvieiras. Sem outra alternativa, voltamos para o asfalto, passamos paralelo à praia de Canajurê e, finalmente, pudemos retornar à areia em Canasvieiras.

Florianopolis_Canasvieiras
praia de Canasvieiras

Em Canasvieiras voltamos ao nosso ponto de partida, o Hotel Dom Fish, finalizando o dia às 15h30min.

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Dia 2: praia de Canasvieiras → praia dos Ingleses

Distância
Altitude máxima
21 km
245 metros

Passamos por:

  • Praia de Canasvieiras
  • Praia da Cachoeira do Bom Jesus
  • Ponta das Canas
  • Morro das Canas (100 msnm)
  • Praia da Lagoinha do Norte
  • Morro do Rapa (160 msnm)
  • Morro da Cachoeira (245 msnm)
  • Praia dos Ingleses

No nosso segundo dia amanheceu um tanto nublado. Às 8h40min partimos do aconchegante Hotel Dom Fish e nos aventuramos mais uma vez pelas areias da praia de Canasvieiras, rumo ao oeste. Enquanto caminhávamos, observávamos a movimentação de algumas pessoas e pescadores que já estavam na praia. Cruzamos pelo Trapiche das Canasvieiras, ponto de partida para passeios de escuna durante a alta temporada.

Florianopolis_Canasvieiras
Trapiche das Canasvieiras

Depois de 2 km de caminhada pela mesma faixa de areia, a praia mudou de nome e se transformou na Praia da Cachoeira do Bom Jesus. Quase na divisa com a Ponta das Canas, encontramos o Rio Saga dos Bois. A maré estava baixa, mas ainda assim teríamos que molhar os pés para atravessá-lo. Preferimos seguir pelo asfalto, e foi aí que perdemos a chance de conhecer a Lagoa Ponta das Canas.

Florianopolis_Punta das Canas
Rio Saga dos Bois

No final da Ponta das Canas, surfistas de todas as idades aproveitavam as ondas. Tentamos contornar o Morro das Canas pelo lado do mar, mas não encontramos nenhuma trilha e não quisemos nos arriscar no solo escorregadio, entre as pedras e as ondas.

Florianopolis
surfistas em Ponta das Canas

Voltamos para a estrada e contornamos o Morro das Canas pelo asfalto, finalmente chegando à Praia da Lagoinha do Norte. Uma praia curtinha que termina no Morro do Rapa, o ponto mais setentrional da ilha, e que faz parte da maior Unidade de Conservação de Floripa: o Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe.

Florianopolis_Lagoinha do norte
praia da Lagoinha do Norte

Subimos o morro, passando pela Caverna do Urubu, um corredor de rochas no meio da trilha.

Do alto do Morro do Rapa, tivemos uma vista espetacular de onde viemos, com a Praia da Lagoinha, o Morro das Canas e a Ponta das Canas aos nossos pés.

Morro do Rapa_Florianopolis
Morro do Rapa com vista para Praia da Lagoinha, o Morro das Canas e a Ponta das Canas

Também apreciamos a vista para onde iríamos, com a Praia Brava, os Morros da Feiticeira e da Cachoeira, e a Praia dos Ingleses se estendendo à nossa frente.

Morro do Rapa_Florianopolis
Morro do Rapa com vista para Praia Brava, os Morros da Feiticeira e da Cachoeira, e a Praia dos Ingleses

O final da trilha do Morro do Rapa nos levou a uma estrada de asfalto. Descendo, chegaríamos à Praia Brava, por onde passa o Caminho Brasileiro de Santiago de Compostela. Mas nós optamos por subir a estrada e entrar em uma trilha que nos levaria ao Morro da Cachoeira. 

Florianopolia_praia Brava
vista da praia Brava subindo o Morro da Cachoeira

Confesso que foi puxado! A subida era íngreme e estávamos com pouco preparo físico, o que nos rendeu uma baita fome. Mas pelo menos a vista compensou.

Praia dos Ingleses_Florianopolis
Praia dos Ingleses, morro dos Ingleses e morro das Aranhas, vistos desde o Morro da Cachoeira

Descemos do morro e, finalmente, chegamos à Praia dos Ingleses às 15h30min. Exaustos e famintos, paramos no primeiro restaurante que encontramos, à beira-mar. Ali, abrimos o app do Booking e reservamos uma hospedagem no centro da praia.

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Dia 3: praia dos Ingleses → morro das Aranhas → praia do Santinho

Distância
Altitude máxima
15 km
255 metros

Passamos por:

  • Praia dos Ingleses
  • Morro dos Ingleses (160 msnm)
  • Praia do Santinho
  • Morro das Aranhas (255 msnm)

O sol mal havia despertado quando já estávamos devorando um café da manhã caprichado no hotel. Era o terceiro dia da nossa volta à Ilha de Santa Catarina. Às 9 horas retornamos à Praia dos Ingleses, e seguimos sentido Sul.

Florianopolis_praia dos ingleses
vista para Morro dos Ingleses e Dunas do Santinho desde a praia dos Ingleses

No canto sul da praia dos Ingleses, as Dunas do Santinho se erguiam como um convite à aventura. Logo atrás, o Morro dos Ingleses ostentava sua imponência. A base do morro guardava um tesouro histórico: um parque arqueológico a céu aberto, revelando vestígios de um trabalho manual nas pedras de 5.000 anos atrás. Toda esta área está protegida pelo Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho.

Florianopolis_Praia do Ingleses_arqueologia
pedra do sítio arqueológico na praia dos Ingleses

Há algumas trilhas no Morro dos Ingleses, inclusive parece que dá para contornar o morro pela costa. Decidimos encarar o desafio e subir até o topo, onde fomos presenteados com uma vista panorâmica de tirar o fôlego: a Praia dos Ingleses ao nosso lado direito, se estendia através das Dunas do Santinho até alcançar a Praia do Santinho no outro lado.

Florianopolis_Morro dos Ingleses
Panorâmica no Morro dos Ingleses

Ao chegarmos à Praia do Santinho, uma garoa fina começou a cair, mas nem isso foi capaz de apagar o entusiasmo do local. Surfistas desbravavam as ondas, aproveitando ao máximo a tarde de sábado. O Morro das Aranhas, por sua vez, ostentava um véu de neblina, nos convidando a desvendar seus segredos.

praia do Santinho_Florianopolis
descendo para a praia do Santinho

Atravessamos a Duna do Santinho e às 12h10min chegamos em uma hospedagem.  Acomodações na aconchegante Pousada Residência Las Dunas, localizada na própria praia do Santinho, foram a nossa escolha. E como a sorte estava ao nosso lado, o clima logo melhorou e a chuva sumiu.

Era cedo ainda, decidimos aproveitar o dia. O Morro das Aranhas nos chamava, e não poderíamos resistir. Na base do morro, está a Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro das Aranhas, administrado pelo imponente Resort Costão do Santinho. Outro setor do Parque Arqueológico, desta vez mais estruturado com passarelas, convidava os visitantes a uma viagem no tempo.

Nos aventuramos pelo sítio arqueológico, até encontrarmos a trilha que nos levaria ao topo do Morro das Aranhas, o ponto mais alto de toda a nossa jornada, a 255 metros de altitude. A subida era íngreme, com pedras e raízes entrelaçadas sob a proteção das árvores, mas a trilha impecavelmente demarcada nos guiava com segurança.

Do alto do morro, a vista panorâmica impressiona. As dunas que ligavam as Praias dos Ingleses e do Santinho à Praia de Moçambique se desenhavam como um tapete, e ao longe, a Lagoa da Conceição aparecia timidamente.

Florianopolis_Morro das Aranhas
vista do Morro das Aranhas

Descemos o Morro das Aranhas e seguimos para a Pousada Residência Las Dunas, onde chegamos por volta das 16 horas. A acomodação era aconchegante, mas um pequeno contratempo nos aguardava: a bomba d’água não funcionava direito, exigindo que saíssemos do quarto para ligá-la cada vez que precisássemos ir ao banheiro. Uma situação inconveniente, mas que não foi capaz de apagar as memórias incríveis do dia.

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Dia 4: praia do Santinho → Barra da Lagoa

Distância
Altitude máxima
17 km
65 metros

Passamos por:

  • Praia do Santinho
  • Morro das Aranhas
  • Praia de Moçambique
  • Barra da Lagoa

Deixamos a Pousada Residência Las Dunas para trás às 8h40min, e cruzamos as Dunas do Santinho, rumando novamente para a Praia do Santinho sentido sul.

praia do Santinho_Florianopolis
praia do Santinho e Morro das Aranhas

No Morro das Aranhas seguimos por uma trilha costeira, que se descortinava diante de nós, convidando-nos a desvendar a maior praia de Florianópolis: a Praia do Moçambique.

Florianopolia_Morro das Aranhas
trilha costeira do Morro das Aranhas

O caminho era acidentado, com pedras, lama, subidas e descidas constantes. Mas a trilha bem demarcada, com pontos de água e até locais para acampamento, facilitava nossa jornada. Ao longo do percurso, a Ilha das Aranhas se aproximava, revelando sua cor esverdeada.

ilha das Aranhas ao fundo

No final da trilha, encontramos uma casinha de madeira que, segundo acreditamos, deve vender bebidas no verão. Naquele dia, porém, estava abandonada. Aproveitamos para descansar e observar os surfistas nas ondas naquele domingo ensolarado.

vista para a praia de Moçambique

Descendo o morro, passamos por uma estação da CoastSnap, um projeto de monitoramento comunitário de praias de todo o mundo. Registramos nossa passagem para o projeto com uma foto, e iniciamos nossa caminhada pela maior extensão de areia da ilha, os 11 km da Praia do Moçambique.

Em um canto da praia, encontramos uma curiosa canaleta de água doce e diversos carros 4×4 estacionados, provavelmente dos surfistas. O solo no início era firme e plano, ideal para caminhar, pois a maré baixa nos permitia caminhar na areia úmida. Mas, à medida que avançávamos, a maré subiu, obrigando-nos a pisar na areia fofa e em terrenos inclinados.

Seguimos pela praia, observando a ausência de banhistas, caminhantes, cachorros, pessoas tomando sol e até mesmo aves. Havia poucas pessoas, mas não estávamos completamente sozinhos.

caminhando pela solitária praia de Moçambique

Cansados da caminhada na areia fofa, decidimos subir o banco de areia e seguir por um caminho veicular paralelo à praia. O caminho era de areia, mas o solo era bem mais compacto, facilitando a locomoção. Vimos vários carros, principalmente nos trechos sombreados pelas árvores.

Uma placa indicava que estávamos na trilha de longo curso do Parque Estadual do Rio Vermelho. Pesquisando, descobrimos que essa trilha era nova, com 18 km de extensão. Nem tão longa assim… Observamos diversos locais propícios para acampamento selvagem, não sei se a prática era permitida, mas os espaços eram convidativos.

Atravessar toda a extensão da Praia do Moçambique pelo caminho veicular foi tedioso, mas no domingo pudemos presenciar a movimentação de pessoas e carros, e até mesmo desfrutar de uma água de coco.

Faltando cerca de 5 km para chegarmos na Barra da Lagoa, o caminho veicular se distanciava da praia. Mas a trilha de longo curso da PAERV continuava paralela ao mar, e seguimos por ela, sobre a areia e a vegetação rasteira. Até corujas cruzamos em nosso caminho!

Percebendo que caminhar na praia se tornou mais fácil novamente, retornamos à orla e seguimos para a Barra da Lagoa, observando as diversas conchas na areia. Na Barra, aventureiros praticavam kitesurf, colorindo o céu com suas acrobacias.

Barra da Lagoa

Às 14h30min na Barra da Lagoa, encontramos acomodação na Pousada Lozalti, uma excelente opção próxima ao Projeto Tamar. Os quartos eram amplos, confortáveis e impecavelmente limpos.

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Dia 5: Barra da Lagoa → praia do Campeche

Distância
Altitude máxima
19 km
180 metros

Passamos por:

  • Barra da Lagoa
  • Morro da Galheta (180 msnm)
  • Praia da Galheta
  • Praia Mole
  • Morro do Gravatá (somente 1 mirante a 90 msnm)
  • Praia da Joaquina
  • Praia do Rio Tavares
  • Praia do Campeche

Começamos o quinto dia de nossa jornada com um café da manhã caprichado em nosso quarto.

Às 9h15min seguimos até a ponta sudeste da Barra Lagoa, onde vimos 2 campervans estacionadas. Passamos por uma ponte sobre o Canal da Barra.

Canal da Barra

Depois da ponte entramos no Monumento Natural Municipal da Galheta. Tínhamos duas opções: ir para esquerda em direção à prainha, e depois subir até o Farol da Barra a 110 msnm, ou seguir para a direita e subir o Morro da Galheta sem passar pela prainha e farol. Decidimos seguir à esquerda.

Fomos até a prainha da Barra, e entramos em uma trilha à direita, que não estava sinalizada, que nos levou até o Farol da Barra. Foi uma trilha com solo um pouco alagado e com pedras.

prainha da Barra

A vista do farol é legal, dá para ver uma ilha, que acredito ser a Ilha Xavier, mas no final das contas acho que não valeu o desvio.

vista desde o Farol da Barra

Do farol tivemos que descer novamente, para depois subir, até encontrarmos outra trilha que nos levou pela crista do Morro da Galheta até o Mirante da Boa Vista. No caminho tivemos a vista para a praia da Barra da Lagoa e para a Lagoa da Conceição.

vista para a Barra da Lagoa e para a Lagoa Conceição

Ao chegarmos no Mirante da Boa Vista, tivemos uma linda panorâmica do bairro Barra da Lagoa, rio Ribeirão João Gualberto, Lagoa da Conceição, das praias Galheta e Mole, e o Morro do Gravatá. Sem dúvidas, muito boa a vista!

mirante da Boa Vista

Depois do mirante descemos até a pequena praia de nudismo de Galheta. Permanecemos vestidos e vimos somente um homem nú tomando Sol. Os demais estavam todos de roupa de surf e carregando uma prancha. Ufa!

descendo para a praia da Galheta

No final da praia de Galheta a maré, que estava começando a subir, quase molhou nossos pés. O caminho segue por uma trilha que nos levou até a praia Mole.

trilha entre as praias de Galheta e Mole

A praia Mole é bem pequena também. Fomos até seu final na esperança de encontrarmos um caminho para contornarmos o morro de Gravatá beira-mar. Como a maré estava subindo achamos melhor não nos arriscarmos nas pedras, e tivemos que ir pelo asfalto.

Caminhando pela rua, procuramos uma trilha que nos levaria até a praia de Gravatá, uma tal trilha de pescadores. Encontramos uma saída, e subimos a trilha para vermos mais um belo mirante. Vimos as praias Mole e Galheta, e o morro da Galheta.

mirante com vista para as praias Mole e Galheta

Decidimos voltar para o asfalto e não seguimos para a praia de Gravatá, pois não tínhamos certeza se daria para seguir pela orla até a praia de Joaquina. Apesar do MapsMe mostrar alguns caminhos, na prática às vezes não dá certo.

Mais 3 km de asfalto e chegamos nas dunas e praia da Joaquina, que pertencem ao Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição.

A praia da Joaquina é mais um point de surfistas, e já foi cenário de competições nacionais e internacionais. Seguimos alternando entre a praia e uma trilha paralela, escolhendo o melhor solo para caminhar.

praia de Joaquina

Passamos pela praia do Rio Tavares e enfim chegamos às 16h10min em Campeche. De Joaquina até Campeche, a faixa de areia é a mesma. Campeche é outro point de kitesurf.

Em Campeche ficamos na pousada Moquirido, que nos hospedou em um quarto com parede mofada. Nem preciso falar que eu não recomendo esta pousada. E de querido não tem nada.

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Days off em Canasvieiras

Devido à previsão de chuvas, ficamos 3 dias sem caminhar. Então nos deslocamos de Uber até a pousada da Dona Aurea em Canasvieiras, pois lá estava bem mais barato que as pousadas no Sul da ilha. No final das contas nem choveu tanto e até bateu um arrependimento de não termos caminhado nesses dias. Começamos a avaliar melhor a previsão do tempo.

Dia 6: praia do Campeche → praia da Armação

Distância
Altitude máxima
12 km
20 metros

Passamos por:

  • Praia do Campeche
  • Praia do Morro das Pedras
  • Lagoa do Peri
  • Praia da Armação

Acordamos em Canasvieiras e, após um delicioso café da manhã, embarcamos em um Uber para atravessar a ilha e seguir para o sul. O trajeto foi tranquilo e nos deixou exatamente no ponto onde havíamos parado no quinto dia. Às 9h30min da manhã, voltamos para a praia do Campeche para uma caminhada curta e sem subidas em morros. Ou seja, molezinha.

praia do Campeche

Caminhamos pela praia do Campeche, cruzando um rio que quase nos molhou os pés, e avistamos a ilha do Campeche à nossa esquerda. Continuando pela mesma faixa de areia, chegamos à praia do Morro das Pedras, de onde vislumbramos a praia da Armação, nosso destino final do dia, e os morros que subiríamos no dia seguinte.

Com o aeroporto bem próximo, tivemos a chance de observar dois aviões sobrevoando nossas cabeças.

avião sobrevoando Campeche

Ao final da praia do Morro das Pedras, a faixa de areia se estreitava consideravelmente, tornando a caminhada um pouco apertada. No auge da maré alta deve ser complicado.

Diante da dificuldade de prosseguir pela areia, seguimos pelo asfalto até o fim da praia, onde encontramos a rodovia SC 406, que segue margeando a costa. A caminhada pela rodovia, apesar de oferecer uma ciclovia, apresentou certo risco devido à falta de calçada.

Passamos por um mirante do Morro das Pedras, mas o acesso estava fechado por um portão e uma placa indicava que a entrada era permitida apenas até as 10 horas da manhã. Eram 11h20min.

Do outro lado da rodovia, avistamos o parque da Lagoa do Peri. Cruzamos a rodovia e entramos no Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, um parque encantador à beira da Lagoa Peri. A lagoa em si não se destaca pela beleza, mas seu entorno é impecável, com áreas verdes exuberantes, mesas e cadeiras para relaxar, banheiros e até um parquinho infantil.

Lagoa do Peri

Encontramos até macaquinhos brincando por lá! Sem dúvida, um lugar perfeito para um fim de semana em família.

macaquinhos na Lagoa do Peri

Percorrendo parte da margem da lagoa, seguimos por uma trilha chamada Caminho Guarani em direção à praia da Armação. A trilha, sombreada por árvores, proporcionou uma caminhada agradável. Ao final da trilha, encontramos um caminho veicular de terra que nos levou até o asfalto.

De volta à areia, já na praia da Armação, caminhamos um pouco e logo nos dedicamos à busca por uma pousada aconchegante pelo Booking

praia da Armação

Eram 13h20min e nossa escolha foi a PénAreia, uma pousada linda e acolhedora, um pouco cara, mas que valia cada centavo.

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Dia 7: praia da Armação → Pântano do Sul

Distância
Altitude máxima
12 km
220 metros

Passamos por:

  • Praia da Armação
  • Praia do Matadeiro
  • Praia da Lagoinha do Leste
  • Morro da Coroa (220 msnm)
  • Pântano do Sul

Depois de uma noite bem fria, o dia começou com um café da manhã delicioso com os pés na areia e o sol despontando no horizonte. O céu azul e o mar calmo eram uma decepção para os surfistas.

Às 9h20min seguimos em direção ao Morro do Matadeiro pela praia da Armação, apreciando a brisa fresca e a paisagem. Ao final da praia, encontramos um calçadão que nos levou até o Rio da Armação, onde atravessamos uma ponte para dar continuidade à nossa aventura.

calçadão da praia da Armação

A partir da ponte, o acesso se tornava exclusivo para pedestres. Caminhamos em um caminho paralelo à praia até chegarmos na praia do Matadeiro.

No final da Praia do Matadeiro, embarcamos em uma trilha muito bonita que nos levaria à Lagoinha do Leste. Neste ponto entramos no Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste.

O início da trilha era arborizado, dentro de um bosque e pedras no solo. Logo em seguida, a paisagem se abria, revelando uma costa estonteante.

vista desde a trilha para a praia de Lagoinha do Leste

A trilha era um verdadeiro deleite para os sentidos, com bromélias e flores laranjas colorindo o caminho. Passamos próximos da Ponta do Falcão e da Ponta da Lagoinha.

Descemos para a praia da Lagoinha do Leste, que como o nome já diz há uma lagoa de água doce na praia. Por ali começa a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, uma área de proteção marinha que passa pelo extremo sul da ilha, alcançando o Balneário Rincão no continente .

chegando na praia de Lagoinha de Leste

Era inverno, e os bares da praia estavam fechados, mas o sol radiante e o céu azul proporcionavam um dia perfeito para aproveitar a natureza. Apesar de poucas pessoas na trilha, a praia e o Morro da Coroa estavam movimentados, com visitantes apreciando a beleza do local. Além da trilha a pé, também é possível chegar nesta praia de barco. Atravessamos a praia e vimos uns 4 pinguins mortos na areia.

A aventura continuou com a subida do Morro da Coroa. Olhando para cima dava até preguiça, pois a subida era íngreme e irregular, com muitas pedras, mas a vista recompensava cada passo. Paramos em um primeiro mirante, onde estava a maior concentração de pessoas.

subindo o Morro da Coroa

Em seguida, contornamos a trilha até chegarmos ao Pico da Coroa. Do alto do morro, a vista era espetacular, permitindo observar toda a lagoa e a imensidão do mar.

vista para a Lagoinha do Leste desde o Morro da Coroa

Pássaros azuis abrilhantaram o momento, proporcionando um verdadeiro espetáculo da natureza. O local também era propício para quem buscava um refúgio para acampar.

Gralha-azul no Morro da Coroa

Após a descida do Morro da Coroa, seguimos por uma trilha no bosque, que nos levou até o Pântano do Sul. A trilha era um pouco confusa e com muitas raízes e pedras, mas logo encontramos a trilha principal que liga o Pântano do Sul à Lagoinha do Leste, facilitando a caminhada.

Pântano do Sul

Chegamos no Pântano do Sul às 16h20min, onde nos hospedamos em uma pousada aconchegante, que ficava praticamente na praia.

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Dia 8: Pântano do Sul → Caieira da Barra Sul

Distância
Altitude máxima
15 km
170 metros

Passamos por:

  • Pântano do Sul
  • Balneário de Açores
  • Praia do Rio das Pacas
  • Praia do Saquinho
  • Praia dos Naufragados
  • Praia da Caieira da Barra do Sul

Às 9h10min nossa caminhada se inicia na Praia do Pântano do Sul, com a areia firme e perfeita para os primeiros passos. Ao nosso lado estavam as Dunas da Armação.

Praia do Pântano do Sul e Dunas da Armação

Seguindo em frente, cruzamos a faixa de areia do Balneário dos Açores, e logo após, uma “ponte” de madeira nos guia sobre as pedras da costa, conduzindo-nos até a Praia do Rio das Pacas.

chegando na praia do Rio das Pacas

No final da praia Rio das Pacas atravessamos sobre uma outra ponte, o rio que dá nome à praia, o rio das Pacas.

Seguimos por uma trilha asfaltada em direção à Praia do Saquinho. Uma subida íngreme nos presenteia com vistas panorâmicas das Praias do Rio das Pacas e dos Açores.

Praias do Rio das Pacas e dos Açores

Chegamos à minúscula Praia do Saquinho, onde um riacho forma um refúgio natural perfeito para um mergulho refrescante nos dias quentes de verão.

praia do Saquinho

A trilha nos leva a uma pequena comunidade, onde o asfalto se despede e dá lugar a um caminho bem demarcado, com subidas e descidas constantes.

As Ilhas das Irmãs do Meio, Pequena e de Fora, surgem no horizonte, completando a paisagem. Neste momento estávamos caminhando na porção insular do Parque Estadual Serra do Tabuleiro, a maior Unidade de Conservação de proteção integral do Estado de Santa Catarina.

Ilhas das Irmãs do Meio, Pequena e de Fora

Ficamos um bom tempo caminhando na sombra das árvores e, ao sairmos do bosque, fomos presenteados com um campo aberto na Ponta do Pasto. Vacas pastam tranquilas no gramado aparado, criando um cenário perfeito para montar uma barraca e desfrutar da natureza. Um ponto de água doce completa o local, tornando-o ideal para um piquenique ou um descanso revigorante.

Ponta do Pasto

Continuamos nossa jornada até a Praia dos Naufragados, o ponto mais ao sul da nossa meia volta à Ilha de Santa Catarina, que pertence à Área de Preservação Ambiental do Entorno Costeiro.

A proximidade com o continente nos permite observar a Ponta do Papagaio e a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba. Domingo movimentado: encontramos a praia animada, com diversas pessoas aproveitando o dia ensolarado.

praia dos Naufragados

Uma trilha nos leva até o Farol de Naufragados, imponente em sua altura. A entrada é proibida, mas a vista do topo, se pudéssemos contemplá-la, certamente seria de tirar o fôlego.

Seguimos para os Canhões de Naufragados, testemunhas silenciosas de um passado rico em batalhas. Três canhões imponentes se erguem ali, contando histórias de bravura e resistência. A paisagem ao redor é muito bonita, com vista para o farol, a Fortaleza e a Ponta do Papagaio.

vista desde os Canhões de Naufragados

Curtimos os canhões antes de descermos pela trilha em direção a Caieira da Barra do Sul.

A trilha nos leva até um ponto final de ônibus, onde chegamos às 16 horas. Como não encontramos hospedagem, aguardamos 30 minutos pelo ônibus. Seguimos o trajeto veicular até o centro, apreciando a costa de Caieira da Barra do Sul, Tapera e a Costeira do Ribeirão da Ilha ao longo do caminho. Percebemos que a maior parte do trajeto segue sem vista para o mar, com poucas praias no percurso. Ribeirão da Ilha nos conquista com seu charme, mas decidimos seguir viagem.

Chegamos ao ponto final do ônibus, onde fizemos baldeação para o centro. Mais uma baldeação nos levou ao outro ponto final, de onde finalmente pegamos um Uber para Canasvieiras, o local com hospedagem mais barata em Florianópolis.

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Dia 9: praia da Barra de Sambaqui → praia do Cacupé Grande

Distância
Altitude máxima
15 km
60 metros

Passamos por:

  • Praia da Barra de Sambaqui
  • Praia do Sambaqui
  • Praia do Hipólito
  • Praia do Zé da Benta
  • Praia do Teodoro
  • Praia do Cacupé Grande

Originalmente, a ideia era continuar caminhando desde Caieira da Barra do Sul até Sambaqui, contornando todo o perímetro da Ilha de Santa Catarina. No entanto, a falta de trilhas costeiras e o excesso de áreas urbanas nos desanimaram. Em busca de uma alternativa, a rota de nosso último dia foi modificada para um trecho mais curto: de Sambaqui a Cacupé.

O dia começou em Canasvieiras, de onde um Uber nos levou até o interior da Barra de Sambaqui. O ponto de desembarque que escolhemos para o Uber nos levar, era um lugar que parecia ser o ponto final de ônibus. Na prática ainda havia mais uns 2 pontos de ônibus para chegarmos no início da trilha, mas até que a caminhada foi agradável pois estávamos em uma tranquila área rural. 

Iniciamos a caminhada às 10 horas em nosso último trecho de trilha, onde tivemos uma bonita vista da Baía Norte e da Praia do Pontal. Pelas minhas pesquisas estávamos caminhando em um trecho do Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe.

vista para a Baía Norte

Descendo até a costeira, a trilha deu lugar ao asfalto. Os bairros por esse caminho se mostraram acolhedores, com belas casas, condomínios e até mesmo macaquinhos nos postes, um contraste divertido com a arquitetura e a infraestrutura.

Ao passar por uma praia ao lado do Parque Aníbal de Rocha Nunes Pires, nos deparamos com diversos barquinhos estacionados. É uma opção interessante para atravessar a Baía Norte e chegar na praia do Pontal, sem precisar passar por trechos urbanos. O ideal seria termos começado nossa caminhada em Cacupé, ido a pé até Barra de Sambaqui, pegado um barco até a praia do Pontal, e depois ter ido caminhando até a Caieiras da Barra do Sul. Seria um roteiro mais interessante e proveitoso.

vista para o continente desde a Barra de Sambaqui

No Parque Aníbal de Rocha Nunes Pires, uma placa informativa sobre um sítio arqueológico naquele local nos despertou curiosidade, mas não encontramos o tal sítio.

Seguindo o roteiro, chegamos a Santo Antônio de Lisboa, famoso por abrigar, segundo dizem, o “pôr do sol mais bonito da Ilha da Magia”. Lá, aproveitamos para saborear a culinária local em um restaurante português, antes de seguirmos para o Recanto dos Açores.

barquinhos visto desde Santo Antônio de Lisboa

O destino final da caminhada foi Cacupé, onde nos hospedamos no Hotel do Sesc às 16h20min. Apesar do preço um pouco elevado, a estrutura completa do hotel compensou: academia, cinema, ótima comida a preços acessíveis para hóspedes, quartos confortáveis e silenciosos. A variedade de opções para crianças, incluindo uma piscina enorme, torna o local ideal para viagens em família. No verão, é importante considerar a possibilidade de lotação.

Floripa vista desde Cacupé

E assim se concluiu a nossa bela volta pela Ilha de Santa Catarina, uma jornada muito agradável, rica em paisagens e memoráveis lembranças.

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Outros caminhos

Dar uma volta a pé em Florianópolis, nada mais é que percorrer um lindo caminho entre natureza e áreas urbanas, com a possibilidade de dormir em confortáveis hospedagens. Tivemos outras oportunidades de conhecermos outros caminhos no mesmo estilo, e aproveito para compartilhá-los com você:

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Outras fontes

Está fazendo uma pesquisa para sua viagem? Sempre é bom ler mais de uma fonte. Deixo abaixo alguns links que podem te interessar sobre a Ilha de Santa Catarina em Florianopólis:

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