O morro do Cambirela está localizado no município de Palhoça, na grande Florianópolis em Santa Catarina, e pertence ao Parque Estadual Serra do Tabuleiro.
“Sua altitude é de 1052 metros, o que o torna o ponto culminante do município e da região, destacando-se pelo fato de elevar-se praticamente a partir do nível do mar até mais de um quilometro de altura.” (fonte Wikipedia)
Vale observar que o cume verdadeiro do Cambirela, descoberto em 2019, fica na face Sul da montanha, e ainda não há trilha para acessá-lo. As trilhas que sobem o Morro do Cambirela levam ao falso cume, localizado na face Norte.
É possível acessar seu cume falso por três trilhas, conhecidas como trilha 1, trilha 2 e trilha 3. A trilha 1 inicia próxima ao km 222 da BR 101, e as trilhas 2 e 3 começam próximas ao rio Cubatão. Fiz uma pesquisa rápida na web e me pareceu que a trilha 1 era a mais percorrida. E foi a que escolhemos. Não sei dizer qual é a trilha menos difícil, mas acredito que não tem opção fácil no morro do Cambirela.
Você também pode ver esta trilha em nosso canal do YouTube.
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Resumo
- País: Brasil
- Estado: Santa Catarina
- Cidade: Palhoça
- Início e fim: BR101, km 222
- Distância: 5 km de aproximação + 5 km de trilha
- Duração: 1 dia bate-e-volta
- Período: final de março de 2021
- Tracklog: Wikiloc
- Previsão do tempo: Windguru
- Vídeo do mapa em 3D: Relive
Segue o nosso percurso no mapa e o perfil de elevação.

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Clima
“Em Palhoça, o verão é morno e opressivo; o inverno é longo, ameno e de ventos fortes. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 13 °C a 30 °C e raramente é inferior a 7 °C ou superior a 34 °C.” (fonte Weather Spark em 11/6/2021)
E pasmem, até neve já teve no Cambirela. A última aparição de neve foi em 2013.
Avaliando as informações do site Weather Spark e MSN, concluo que a melhor época para subir uma montanha na região de Palhoça, em Santa Catarina, é aproximadamente entre Maio a Agosto, quando o tempo estará mais fresco e haverá menos nuvens e chuvas.
Deixo aqui o link da previsão do tempo de hoje no Morro do Cambirela: Windguru.
E para você ter uma ideia melhor, abaixo segue um histórico do clima durante o ano em Palhoça (fonte MSN, atualizado em 11/6/2021).
Mês | Temperatura media (ºC) | Precipitação máx. (mm) |
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro |
22 a 30 23 a 29 22 a 28 19 a 27 17 a 24 15 a 22 14 a 22 15 a 23 16 a 24 18 a 26 19 a 27 21 a 30 |
251 216 167 93 99 84 96 90 153 146 129 167 |
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Como chegamos
Estávamos na casa de nosso amigo Renato na praia de Fora em Palhoça, e nós três (Paula, Ramon e Renato) fomos caminhando por 3 km até o início da trilha.
Para quem vai de carro, o pessoal costuma estacionar no posto Cambirela, localizado no km 223 da BR 101, sentido Sul (Florianópolis → Palhoça). Desde o posto Cambirela, é necessário caminhar pelo acostamento da rodovia BR101, sentido Florianópolis por 1,5 km.
Não há nenhuma indicação do início da trilha, por isso é importante ter algum tracklog no celular para saber onde entrar. Esta trilha está mapeada no aplicativo MapsMe.
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Relato
Quase todos os dias que fiquei em Palhoça, o Cambirela estava encoberto pelas nuvens. Acompanhando a previsão do tempo, vimos que teríamos uma oportunidade. Então nos programamos de acordar cedo no dia seguinte para não perder o bom clima.
Estávamos próximos do km 223 da BR 101. Às 7 horas colocamos nossos pés na calçada e fomos caminhando até a rodovia.
Seguimos pelo acostamento da BR 101, até a altura do km 222, e saímos da estrada seguindo o caminho indicado pelo MapsMe. Entramos em uma rua de terra, onde havia um portão aberto e quebrado. Nesta pequena rua há uma propriedade privada, que nos pareceu abandonada. Também há espaço para estacionar carros, só não sei se é seguro.
Depois do muro desta propriedade começa a trilha do Cambirela. É uma trilha bem demarcada, sem nenhuma placa, dentro da floresta e inclinada. Em alguns momentos encontramos algumas bifurcações na trilha. É muito aconselhável ir com um tracklog no celular.
Podemos dividir a trilha em duas etapas: antes da água e depois da água.
Na primeira etapa, a trilha é até que tranquila de caminhar. É uma boa subida mas sem obstáculos. Na metade de nosso caminho, por volta do km 1,2, fizemos nossa primeira parada para descansar e comer um snack, na frente de uma grande pedra.
No km 1,4 havíamos subido 357 metros em elevação. Lá encontramos o primeiro ponto de água. Caminhamos mais ou menos no mesmo percurso da água por uns 200 metros. Foi um trecho um pouco confuso, e chegamos a perder a trilha por alguns metros.
Havia inclusive um cano para coletarmos a água. Vale observar que a trilha continua atrás deste cano. Este é o último ponto de água.
Cada um de nós carregávamos uma garrafa de 1,5 litro de água. Para mim e Ramon, foi mais que o suficiente. Para Renato, quase faltou na descida. Era final de março e o clima estava bem quente em Palhoça.
Depois da água, a subida muda de fase. A inclinação fica absurda e fomos praticamente de escalaminhada até o final. Em alguns momentos é possível ver um pouco da paisagem entre uma árvore e outra. Também passamos por uma gruta.


A subida exige muito, e sem preparo físico o sofrimento será inevitável. Eu mesma, fiquei com dores musculares nas pernas no dia seguinte. É bem cansativo.
Em alguns trechos há cordas fixadas para ajudar a subida, mas dá para seguir sem elas. Em outros momentos encontramos vias ferratas, simulando uma escada. Elas foram bem úteis.
Do primeiro ponto de água até o final da nossa caminhada foram 900 metros e um desnível de 464 metros.
Conforme subimos, as árvores foram sumindo. Muitas delas foram incendiadas em 2020.
Paramos de caminhar próximo do cume falso do Cambirela, onde há um belíssimo mirante de Florianópolis.


Em março de 2021, o MapsMe indicava dois cumes do Cambirela. O cume verdadeiro fica ao Sul, onde não há acesso por trilha. Nós estávamos ao lado do cume falso.

Para alcançar o cume falso teríamos que descer uma rocha que me pareceu bem perigosa. A preguiça também bateu. Nem tentamos ir para o cume falso. Ficamos satisfeitos com a paisagem que estávamos admirando.

Observamos a Ilha Santa Catarina, a Serra do Tabuleiro e o litoral catarinense.

E depois de descansarmos e curtirmos o mirante, voltamos pelo mesmo caminho que viemos.
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Observações
- Tenha cuidado onde colocar as mãos e pés. A Serra do Tabuleiro é a casa de aranhas e cobras. Todo cuidado é pouco para evitar uma picada.
- A subida é bem puxada e há muitos trechos de escalaminhada. Não é para qualquer um.
- Não se esqueça de avaliar a previsão do tempo antes. É muito comum o morro estar encoberto de nuvens. Incluí as coordenadas do Cambirela no Windguru.
- A navegação pela trilha não é díficil, mas alguns trechos geram dúvidas. Não custa nada baixar um tracklog no celular.
- Caso queira se aventurar nesse destino, te desejo boa sorte, ou bons ventos como estão dizendo por aí ultimamente. Lembrando que cada um tem que se auto-avaliar para entender se tem condições físicas, psicológicas e técnicas para se enfiar na natureza. O que é fácil e divertido para alguns, pode ser um grande desafio e chato para outros.
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Outras trilhas
Tivemos a oportunidade de conhecermos um pouco mais desta região, e aproveito para compartilhá-la com você. Abaixo os links das caminhadas que percorremos na Grande Florianópolis:
PRAIA DOS INGLESES à LAGOINHA – trilha de 11 km em Florianópolis
MORRO VERDE à COSTA DA LAGOA – 18 km de trilha em Florianópolis
LAGOINHA DO LESTE e MORRO DA COROA – uma das mais famosas trilhas de Floripa
MORRO CAMBIRELA – o ponto mais alto da grande Florianópolis (este post)
MORRO DA PEDRA BRANCA – trilha curta e linda paisagem na Grande Florianópolis
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Outras fontes
Está fazendo uma pesquisa para sua viagem? Sempre é bom ler mais de um website. Deixo abaixo alguns links que encontrei sobre o Morro Cambirela.
Morro do Cambirela: trilha para chegar ao topo do gigante à beira do mar (tudosobretrilhas.com.br)
Hiking Morro do Cambirela – Palhoça – SC (aventurebox.com)
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