Em nosso primeiro mês da Exploração Argentina 18/19, percorremos um trecho da Huella Andina que liga a Villa La Angostura à Villa Traful. No final da trilha acampamos no camping organizado Arroyo Cataratas, que fica à beira do Lago Traful.
No dia seguinte conseguimos uma carona até a Villa Traful, e com isso economizamos uma caminhada de 10 km pela estrada empoeirada.
Na Villa Traful ficamos no enorme e agradável camping Traful Lauquen. E no dia seguinte fomos fazer cume no Cerro Negro, em um esquema bate-e-volta.
O Cerro Negro fica em um dos primeiros parques nacionais criados da Argentina, o gigante Parque Nacional Nahuel Huapi.
O Parque Nacional Nahuel Huapi está localizado a noroeste da Patagônia. Os 710.000 hectares que compõem seu território estão localizados nas províncias Neuquén e Río Negro, e em cidades como San Carlos de Bariloche, Dina Huapi, Villa Traful e Villa La Angostura.
Como chegamos
Depois de caminharmos 2 dias pela Huella Andina, desde a Villa La Angostura, conseguimos uma carona com o guarda-parque, na Ruta Provincial 65, até a Villa Traful.
Resumo do trekking
- País: Argentina
- Cidade: Villa Traful
- Início: Villa Traful
- Fim: Villa Traful
- Distância total: 15 km
- Duração: 1 dia
- Subida acumulada: 1296 metros
- Descida acumulada: 1304 metros
- Altitude máxima: 2008 metros
- Mapa da trilha: Wikiloc
- Período do trekking: meados de dezembro de 2018
- Dificuldade: Moderada Pesada
Seguem mapa e elevação do trekking:
Trilha
A trilha para o Cerro Negro começa em uma rua da Villa Traful, basta seguir o trajeto do MapsMe.
Praticamente subimos todo o percurso sem tréguas. No começo caminhamos dentro do bosque, protegidos do Sol, e passamos por um córrego de água. Este seria o primeiro e quase o último ponto de água da trilha.
Deixamos o bosque para trás e o Sol intenso com um céu azul sem nuvens, esquentava nossas cabeças. Foi um excelente dia para apreciação de paisagens. Quase sem ventos, o reflexo das montanhas na água do lago Traful deixava tudo mais bonito. A linda vista seria nossa companhia a partir de então.
Passamos por um mirante chamado de Naso, que é onde muitos caminhantes ficam satisfeitos com o visual e voltam para a Villa Traful.
Nós continuamos ladeira acima até o cume do Cerro Negro.
Era dezembro e ainda havia neve nos pontos mais altos das montanhas, o que foi excelente naquele dia de Sol.
Conforme nos aproximávamos do cume, córregos de água, provenientes do degelo, surgiam na trilha. Melhor água do mundo para matar a sede, depois de horas caminhando. Mas segue um alerta para quem fizer esta trilha em janeiro a abril, muito provavelmente não haverá um pingo de água no caminho.
Depois de uma longa caminhada em uma trilha bem sinalizada, chegamos ao cume do Cerro Negro.
A vista é deslumbrante. E naquele dia conseguimos reconhecer vários vulcões ao longe, como os vulcões Villarrica, despejando fumaça no céu, e o imponente Lanín ao seu lado. Abaixo o lago Traful atraindo nossos olhares.
Valeu muito a pena a subida neste cume.
Se quiser assistir como foi a trilha, veja em nosso canal do YouTube:
Dicas
- Pergunte ao guarda parque se haverá água na trilha. Dependendo do mês, talvez seja necessário carregar bastante água na trilha.
- Comece a trilha o mais cedo possível, para evitar o forte Sol.
- Se tiver, leve seu bastão de trekking. Esquecemos os nossos e fizeram muita falta.
- É obrigatório o registro para fazer as trilhas no Parque Nacional Nahuel Huapi, apesar de não virmos nenhum controle e fiscalização. O registro é fácil e rápido, e pode ser feito online, no site do próprio parque.
Custos
Seguem alguns custos em pesos argentinos (ARS) e equivalentes em reais (BRL), conforme o câmbio que fizemos.
- Camping Traful Lauquen, na Villa Traful, diária individual: $ARS 300 ($BRL 34)
- Refeição em restaurante, truta + cordeiro + cerveja: $ARS 1050 ($BRL 118)
Cotação comercial em 22/12/2018:
$USD 1,00 = $BRL 3,90 = $ARS 37,93
Dados sabáticos
2000 km trilhados 177 noites acampando 58 cidades 1 ano e 6 meses 4 países |
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Nós, Paula Yamamura e Ramon Quevedo, estamos curtindo uma vida sabática desde 2017, focando no que mais gostamos de fazer: viajar trilhando.
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