Jericoacoara é um dos pontos turísticos mais famosos do Ceará e do Brasil. Ficou famoso por suas belezas naturais e também por muito trabalho de marketing. Além disso, em 2002 foi criado um Parque Nacional para proteger a flora e fauna da região.
Antes de chegar à Jericoacoara ouvimos muito do outro lado da fama:
“Fui muito para Jeri quando era moleque. Agora não volto mais. Está muito explorado.”
“Você vai sair desse sossego e ir para o tumulto?”
“Jeri não é mais como era antes. Piorou com o excesso de turistas.”
Em menos de 24 horas em Jijoca, ficamos muito descontentes e nos sentimos explorados como turistas. Sentimento inédito no Ceará. Havíamos nos hospedados em 15 lugares e até aquele momento a sensação de liberdade e natureza estavam em uma deliciosa harmonia.
Decidimos que conheceríamos aquele trecho do litoral cearense a pé, como bons trekkers que somos. Acordando bem cedo para fugir do Sol e dos temidos bugueiros com seus turismos em massa.
Como chegamos
Estávamos em Mundaú quando decidimos ir para Jericoacoara. Em Mundaú fomos de ônibus até Itapipoca e de lá pegamos outro ônibus até Jijoca. Saímos de Mundaú às 10h30min e depois de 6 horas chegamos em Jijoca.
Nós tivemos nossa primeira má impressão assim que o ônibus parou em Jijoca de Jericoacoara. O ônibus não entra na cidade e para em um posto de gasolina na estrada. Ou seja, longe pelo menos uns 4 km da pousada mais próxima. Nunca vi isso antes! Um ônibus não entrar na cidade e largar os passageiros na beira da estrada.
Ao descer do ônibus logo nos perguntaram se iríamos para Jericoacoara. Informamos que ficaríamos em Jijoca. E no mesmo momento apareceu um taxista falando que nos levaria para uma pousada. Sem pensar direito, porque eles não deixam você pensar, entramos no táxi.
Somente nós dois optamos em ficar em Jijoca. Todos os outros passageiros foram de transfer, direto para a vila de Jericoacoara, distante 17 km do centro da cidade.
Tínhamos visto que havia um camping no MapsMe, mas ao perguntar ao taxista ele informou que não há camping em Jijoca. Sem saber se a info do MapsMe estava correta, ficamos em uma pousada no centro, que ele fez questão de nos acompanhar. Senti cheiro de comissão no ar…
Negociamos a diária de R$150,00 para R$ 130,00. Com internet, descobrimos que o camping existia. Taxista mentiroso ou incompetente?
Perguntamos na recepção se as lagoas de Jeri estavam longe. E já nos ofereceram um passeio de bugue de 5 horas para conhecer todos os pontos turísticos por meros R$ 300. Com direito a tirar fotos no meio da multidão. Seria o tradicional turismo em massa que tanto nos desanima.
No dia seguinte fizemos o check-out da pousada e o moço da recepção mudou, assim como o preço da diária, o valor voltou para R$ 150,00. Sem lembrar da negociação anterior, Ramon passou o cartão. Quando vi e relembrei-o do valor, já era tarde.
Ao perguntar como conseguiríamos um táxi para nos levar ao camping, a recepção da pousada ficou insistindo em nos levar por R$ 20,00. Imagina chamar um táxi, se eles mesmos podem ficar com o dinheiro… Tentando fugir do ‘esquema’, fomos a pé mesmo.
Resumo da travessia
- País: Brasil
- Cidades próximas: Jijoca de Jericoacoara, Cruz, Camocim (Ceará)
- Início: Jijoca de Jericoacoara
- Fim: Tatajuba
- Distância total: 69 km
- Duração: 5 dias
- Subida acumulada: 1118 metros
- Descida acumulada: 1104 metros
- Altitude máxima: 78 metros
- Mapa da trilha: Wikiloc
- Período: início de julho de 2018
- Dificuldade: Leve Moderada
Roteiro
Fizemos o trekking em 4 noites e 5 dias, como segue:
dia 1: Jijoca de Jericoacoara – Preá
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
17,5 km 4h30min 295 metros 286 metros 34 metros Leve Moderada |
Também passamos por:
- Lagoa Paraíso
- Lagoa Azul
No dia ‘zero’, em Jijoca, nos hospedamos em uma pousada no centro. Mas quando vimos que em frente à Lagoa Paraíso havia um camping, fomos a pé para lá no dia seguinte. Apesar do terrorismo da recepção da pousada, que disse que era muito longe e queria nos levar por R$20,00; fomos a pé. Foram somente 35 minutos de caminhada.
O camping do Tião fica em frente à lagoa do Paraíso, aquela onde várias pessoas tiram uma foto na rede dentro d’água. Camping bem estruturado e com preço justo, R$ 20,00 a diária individual. Desde Chapada Diamantina que nós não acampávamos.
Aproveitamos um dia naquela lagoa de água cristalina e quente, distante 15 km do mar e da famosa vila de Jericoacoara.
No dia seguinte, que considero como o primeiro dia da travessia, saímos do camping contornando a lagoa do Paraíso.
Passamos por outros restaurantes e pousadas na beira da lagoa. Em todos havia as famosas redes dentro da água. E em alguns, outros atrativos, como caiaques e pula-pula. Com certeza os bugueiros levam seus clientes nos restaurantes mais estruturados, com dezenas de cadeiras e mesas, e até com camas brancas.
No meio do caminho encontramos um homem que estava preparando um equipamento para entrar na água. Perguntando o que ele fazia, nos explicou que o equipamento era um detector de metais e ele procurava pertences perdidos na água, como anéis e relógios. Afinal de contas, achado não é roubado. E ele ainda aproveita para limpar a lagoa.
Contornamos a lagoa do Paraíso até chegar na lagoa Azul. Como estava chovendo e estávamos com fome, paramos em um restaurante que fica em frente à lagoa Azul. Pedimos uma porção de bolinho de mandioca, e o preço foi bem salgado, R$ 30,00. Pagamos pela paisagem, que, aliás, estava bem nublada.
Saímos da lagoa Azul e fomos até a rodovia. Estávamos pensando em dormir na vila Caiçara, mas conversando com algumas garotas no caminho, percebemos que valia mais a pena seguir para Preá. Elas nos informaram que havia somente 1 pousada em Caiçara e faltavam somente 5 km para Preá.
Então continuamos na rodovia até chegar em Preá, onde ficamos hospedados na casa do Golfinho.
Assista este dia em nosso canal do YouTube:
dia 2: Preá – Jericoacoara
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
14 km 4 horas 236 metros 248 metros 78 metros Leve Moderada |
Também passamos por:
- árvore da Preguiça
- pedra Furada
- duna do pôr do Sol
- praia da Malhada
- praia de Jericoacoara
Dia de belo passeio.
Percebemos que os trabalhadores acordam cedo e que a praia era uma estrada. Logo cedo, vários carros e motos transitam beira-mar, quase encostando no mar.
O primeiro atrativo foi a árvore da Preguiça. Uma grande árvore na praia, à beira mar, que se curvou com ação do vento. Sua raiz fez um emaranhado, suficiente alto, para uma pessoa ficar em pé no seu meio. Sua copa está encostada no chão, formando uma mini floresta. Tiramos fotos e seguimos.
De longe era possível avistar um morro e uma grande pedra ao seu lado. Os carros começavam a desviar o caminho, contornando o morro.
Ao nos aproximarmos mais pedras iam surgindo, deixando o cenário mais belo. E então chegamos na famosa Pedra Furada. Uma grande pedra, com um buraco em seu meio, parecia um portal. Já eram 9 horas da manhã e logo começaram a chegar mais turistas, vindo de Jericoacoara.
Continuamos seguindo e logo chegamos na praia Malhada. Uma praia deserta, com raros banhistas e nenhuma barraca ou ambulante. Animados, pensamos que a praia de Jericoacoara, ao lado, também estaria vazia. Ingênuos… estava lotada de pessoas, cadeiras, mesas e restaurantes. Pescador não vimos nenhum. Só vimos pescadores próximo da Pedra Furada, depois só turistas.
Entramos na vila e ficamos no primeiro camping que vimos: Solar da Malhada.
E no final da tarde fomos na impressionante duna de 20 metros de altura, ao lado da praia: a Duna do Pôr do Sol. Essa duna existe a 500 anos e a cada ano avança cerca de 10 metros em direção ao mar. Na maré alta, o mar alcançava a parede da duna.
Atrás da duna, uma paisagem mais bonita: cavalos se alimentam do mato e da água acumulada em pequenas lagoas.
No geral, nossa passagem pela vila de Jericoacoara ficou bem econômica. Ficamos duas noites no camping por R$ 20 a diária individual. Almoçamos um PF por R$ 20,00 cada. E para as demais refeições, compramos comida no mercado e cozinhamos no camping.
Não fizemos nenhum passeio de bugue. Decidimos fazer a rota dos bugues a pé. E quando passamos por alguma atração popular, como a Lagoa do Paraíso, a Árvore da Preguiça e a Pedra Furada, não havia ninguém. Era muito cedo para qualquer pessoa normal estar lá.
Também não vimos muito o tumulto da vila. Como não somos boêmios, acordamos cedo e dormimos cedo. Além disso, não é permitido a circulação de carros pela vila e todas as ruas são de areia. Isso ajuda muito na sensação de tranquilidade.
Outro ponto interessante é que não vimos cacos de vidro nas praias, em nenhum dia de nossa travessia. O que foi muito comum nas demais caminhadas por Ceará. Sem dúvidas Jericoacoara tem um cuidado diferencial comparada às outras praias cearenses que conhecemos.
Assista este dia em nosso canal do YouTube:
dia 3: Jericoacoara – Guriú
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
11,5 km 3 horas 126 metros 125 metros 18 metros Leve Moderada |
Também passamos por:
- duna do Pôr do Sol
- Mangue Seco
Errei na programação do despertador e saímos com uma hora de atraso de Jericoacoara. Mas, para nossa sorte, caminhamos dando as costas para o Sol. Com a proteção da camiseta, chapéu e mochila, somado com o constante vento cearense, mal sentimos a ação do Sol em nossas peles.
Passamos em frente à Duna do Pôr do Sol e seguimos beira-mar até Guriú.
Ao nosso lado, um intenso trânsito de veículos e motos, todos em direção ao trabalho, em Jericoacoara.
Os tamanhos e quantidades de dunas vão diminuindo, conforme prosseguimos. Até que uma vegetação começa a se intensificar. Sinal que um rio estava próximo.
Vimos a placa indicando um tal passeio ecológico do cavalo marinho. Fomos verificar e no local havia alguns pequenos barcos aguardando os turistas. É um passeio de barco de 15 minutos e custa R$ 15,00. Te leva pelo rio para ver o mangue e seus caranguejos, até chegar em um local onde há cavalos marinhos. Lá o condutor do barco pega um cavalo marinho em um pote, mostra para os turistas e devolve o cavalo para o rio. Coitado do cavalo marinho, é um animal tão frágil…
Provavelmente, os cavalos capturados devem ter vida curta, de tão estressados que ficam com a presença humana. Esse passeio fica no Parque Nacional de Jericoacoara. Fiquei bem em dúvida de qual é a função de um parque. Não seria de proteger fauna e flora da ação humana? Chegar tão perto de um animal selvagem não seria prejudicial para ele?
Desinteressados, não fizemos este passeio e seguimos. Logo chegamos no portal da cidade de Camocim e cruzamento de um rio. Várias pequenas balsas de madeira estão a postos para atravessar os veículos. Cada balsa cabe um veículo e pegamos carona em uma. Pedestres não pagam. Bugues pagam R$ 25,00 e carros 4×4 pagam R$ 50,00.
Atravessamos, e no outro lado mais barcos oferecem o passeio “ecológico” pelo mangue. O vilarejo Guriú fica em frente e ficamos hospedados na pousada do Cavalo Marinho. Pousada simples, porém nova, limpa e barata, somente R$ 50,00 a diária para casal.
Guriú é um vilarejo de quatro ruas, bem pequeno. Sem muito dinheiro físico no bolso, encontramos um mercado que aceita cartão de crédito.
No final do dia fomos conhecer a praia vizinha conhecida como Mangue Seco.
Assista este dia em nosso canal do YouTube:
dia 4: Guriú – Tatajuba
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
16 km 3h30min 245 metros 233 metros 35 metros Leve Moderada |
Saímos de Guriú às 5 horas. Estava bem escuro e achamos melhor pular o trecho de mangue, beirando o rio, e ir por cima, pelo vilarejo.
A saída do vilarejo fica em uma duna. Como o solo estava bem firme, continuamos caminhando por cima. A vista por cima estava bem mais agradável.
Logo apareceu um cachorro, todo assanhado, querendo fazer amizade. Mas a amizade durou somente alguns metros.
A caminhada mais afastada da praia foi bem agradável. Algumas mini-dunas iam surgindo, junto com pequenas lagoas.
Para não nos afastarmos do caminho, voltamos a caminhar na beira-mar. Conforme nos aproximamos de Tatajuba, pessoas iam surgindo, a maioria pescadores.
Cruzamos o rio a pé. A água molhava as pernas mas não molhava a mochila. E assim chegamos em Tatajuba. Depois de bater em uma pousada e em algumas casas, ficamos na pousada Vista Gamboa, que tinha um cachorro muito simpático para nos fazer companhia.
O link deste vídeo está junto com o próximo dia abaixo.
dia extra: arredores de Tatajuba
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
10,5 km 3h15min 216 metros 212 metros 29 metros Leve Moderada |
LAGO GRANDE
Chegamos em Tatajuba na sexta-feira e vimos que os passeios que saem de Jericoacoara vão até o Lago Grande, a 4 km do vilarejo. Como não gostamos de caminhar sob o Sol, deixamos para conhecer este lago no dia seguinte de manhã.
Infelizmente a maré estava em sua máxima quando tentamos atravessar o rio, logo nos primeiros raios de Sol. Desistimos e voltamos para a pousada sem sucesso. Conversando com o dono da pousada, conseguimos uma carona para ir no lago Grande. Ele também era proprietário de um restaurante no lago.
Foi nosso primeiro “passeio” de bugue no Ceará. E realmente a região do lago é magnífica. Cercada de dunas, uma imensa lagoa com pequenas ramificações alagadas. Em uma dessas ramificações se formou uma mini-lagoa, onde ficam vários restaurantes, uma tirolesa e um tobogã.
Lotação máxima de turistas na hora do almoço. Foi o almoço mais caro desta temporada até o momento: R$ 130. E comemos somente 1 peixe com baião e salada, 1 cerveja e 2 cocos.
Pelo menos o passeio de bugue foi gratuito.
LAGOINHO
Como no domingo não tinha transporte para sair de Tatajuba e não estávamos no pique de caminhar 19 km até Camocim, ficamos mais um dia por lá. Acordamos bem cedo e fomos conhecer outro lago, o Lagoinho.
Caminhada relativamente curta, de aproximadamente 4 km e 1 hora. Para chegar no lago, basta seguir uma estrada de terra.
Paisagem bem monótona e plana na maior parte do trajeto. Somente com a aproximação do lago, que as dunas aparecem, e tudo muda.
Paisagem de duna com lagoa é imbatível. Caminhamos pela duna e avistamos somente uma família local passeando. Na beira do lago há algumas tendas de palha.
Segundo a moça da pousada, essa lagoa não está “funcionando”. Quer dizer, sem turistas, os restaurantes estão inativos. Todos os turistas estão no Lago Grande.
Tentamos entrar em uma lagoa, mas na sua beirada a areia parecia movediça. A areia daquele ponto foi recém depositada, deixando o solo bem mole.
Na volta nos distraímos e perdemos o ponto de cruzamento do rio. Sofremos um pouco mais, cruzando o rio em um local mais fundo, e chegamos um pouco mais molhados na pousada.
DUNA AO LADO DA VILA
Ao lado da vila há uma duna. Vale muito a pena subir nela para ver o pôr do Sol. Em seu ponto mais alto é possível avistar o mar e o Sol sumindo nele. Foi um dos mais belos pores de Sol que já vimos.
Assista o último dia de travessia e a caminhada nos arredores de Tatajuba, em nosso canal do YouTube:
Observações
- Caso queira ficar no camping do Tião, em frente à lagoa Paraíso, peça ao taxista te deixar e mostre onde fica no MapsMe. Importante saber onde fica, para o taxista não te levar em um pousada de algum amigo.
- Por incrível que pareça, o lugar de economizar dinheiro com hospedagem é na vila de Jericoacoara. Pelo menos para campistas. Acampe, compre comida no mercado e cozinhe no camping. Mas só em hospedagem você irá conseguir economizar. Os passeios de bugues, que não fizemos, devem ser bem caros.
- Comece a caminhar bem cedo. O ideal é dar os primeiros passos 30 minutos antes do nascer do Sol.
- Use repelente, principalmente para dormir. O ataque de mosquitos é quase certo.
- Em geral, durante nossa viagem ao litoral cearense, vimos somente Banco do Brasil, Caixa e Bradesco. Se não tiver conta nestes bancos, considere levar mais dinheiro para a viagem.
- Leve dinheiro físico, caso queira dormir em Guriú ou Tatajuba. Esses vilarejos são bem pequenos e alguns lugares não aceitam cartão.
Custos
Seguem alguns custos em reais (BRL).
TRANSPORTE
- Táxi , da estrada, onde o ônibus nos deixou, até o centro de Jijoca: $BRL 15,00
- Bugue, de Tatajuba a Camocim, individual: $BRL 20,00
REFEIÇÃO
- Prato Feito no camping do Tião, em Jijoca de Jericoacoara, para 2 pessoas : $BRL 45,00
- Porção bolinho de mandioca na Lagoa Azul, em Jijoca: $BRL 32,00
- Prato Feito em Preá e Jericoacoara, individual: $BRL 20,00
- Peixe na Lagoa Grande em Tatajuba, para 2 pessoas: $BRL 132,00
- Prato à la carte em Camocim, individual: $BRL 30,00
HOSPEDAGEM
- Pousada Sol Nascente, no centro de Jijoca, diária casal: $BRL 150,00
- Camping do Tião, no Lago Paraíso em Jijoca, barraca, diária individual: $BRL 20,00
- Pousada Casa do Golfinho, em Preá, diária casal: $BRL 120,00
- Camping Solar da Malhada, em Jericoacoara, barraca, diária individual: $BRL 20,00
- Pousada do Cavalo Marinho, em Guriú, diária casal: $BRL 50,00
- Pousada Vista Gamboa, em Tatajuba, diária casal: $BRL 100,00
Cotação em 9/7/2018:
$USD 1,00 = $BRL 3,87
Dados sabáticos
1798 km trilhados 153 noites acampando 48 cidades 1 ano e 1 mês 4 países |
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