Quase no final de nossa viagem na Argentina 18/19, fomos conhecer um refúgio de fácil acesso perto de Bariloche: o refúgio López.
E aproveitamos a oportunidade e demos uma esticada até o Pico Turista.
Essa caminhada pode ser feita em um dia de bate-e-volta, mas fizemos em dois dias, acampando ao lado do refúgio.
Como chegamos
No centro de Bariloche pegamos ônibus n° 10 até o início da trilha, próximo à Colonia Suiza.
Resumo do trekking
- País: Argentina
- Cidade: Bariloche
- Início: arroyo López
- Fim: Colonia Suiza
- Distância total: 13 km
- Duração: 2 dias
- Subida acumulada: 1410 metros
- Descida acumulada: 1410 metros
- Altitude máxima: 2090 metros
- Tracklog: Wikiloc
- Período do trekking: final de março de 2019
- Dificuldade: Moderada
Roteiro
Fizemos o trekking em 1 noite e 2 dias, como segue:
Dia 1: Colonia Suiza – Refúgio López
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
5 km 2 horas 860 metros 40 metros 1620 metros Leve Moderada |
Segue a elevação do dia 1.
Também passamos por:
- arroyo López
- Restaurante Roca Negra
O início da trilha fica a alguns metros do ponto de ônibus, ao lado de um pequeno bar e do riacho López.
O trajeto não é longo, mas é bem empinado. Cheguei a sentir algumas fisgadas na panturrilha conforme subia o Cerro López.
A trilha começa no bosque, ao lado do riacho López. Em alguns trechos é possível apreciar a vista do lago Nahuel Huapi abaixo.
No meio do caminho, há o restaurante Roca Negra. O acesso também pode ser feito com veículos, pois uma rua de terra passa ao lado, e termina bem próximo ao refúgio López.
No final da caminhada, percorremos um pouco nesta rua de terra, até seu fim. Depois mais um pouco de trilha, até chegarmos no refúgio López.

O refúgio é uma casa rosa, localizado no meio do Cerro López. Oferece refeições, mini-mercado e abrigo. Também é possível acampar no lado de fora, onde ficamos nesta noite.

Do refúgio, uma bela vista do lago Nahuel Huapi, Parque Municipal Llao Llao e Cerro Campanário.
É do refúgio que começa a trilha até o Pico Turista, para onde fomos no dia seguinte.
Se quiser assistir como foi a trilha, veja em nosso canal do YouTube:
Dia 2: Refúgio López – Pico Turista – Colonia Suiza
Total percorrido Tempo sem paradas Subida Descida Altitude máxima Dificuldade |
8 km 3h20min 560 metros 1370 metros 2090 metros Moderada Pesada |
Segue a elevação do dia 2.
Ao acordarmos tivemos um dos mais belos amanhecer da Exploração Argentina 18/19. Um pouco antes do Sol nascer, saí da barraca para ir ao banheiro. Coloquei a cabeça para fora e imediatamente acordei o Ramon: “Me passa a máquina e saia da barraca agora.”

O céu estava completamente rosado, com cores mais fortes no horizonte, onde o Sol iria nascer em breve. Acima, inúmeras nuvens deixavam o momento como um esplêndido espetáculo da natureza. Correndo para conseguirmos registrar o momento antes do Sol aparecer, batemos algumas fotos. O curioso é que todos os argentinos permaneceram dormindo. Perderam o show… Eu até esqueci da vontade de urinar.
Depois do nascer do Sol, enfim fui ao banheiro, tomamos café da manhã, desarmamos a barraca e nos preparamos para seguir. Queríamos ir no Pico Turista e depois descer pela trilha dos Palotinos, em direção à bahia López.
Antes de sair, fui fazer o registro de trekking no refúgio e tive a decepcionante informação que a trilha Palotinos não se desce, somente é possível sua subida, devido alguns trechos com rochas bem inclinados. Sem outras opções, fomos até o Pico Turista e depois descemos pelo mesmo caminho do dia anterior.
Deixamos nossas mochilas no refúgio e subimos uma trilha entre pedras ao lado de onde acampamos. Passamos por uma pequena lagoa, quase uma poça d’água, onde havia vestígios de camping selvagem.

Depois em um paso de montanha, há dois caminhos, uma trilha pelo vale, que vai até a laguna Negra, e um pouco mais à esquerda, a trilha pela crista que leva até o Pico Turista, por onde seguimos.

No pico uma impressionante paisagem com vista para o vale, Cerro Tronador, vulcões Osorno (achamos que era ele) e o Pontiagudo. Entre o vale e o horizonte, avistamos a laguna CAB. Abaixo o imenso lago Nahuel Huapi e seu Brazo Tristeza. Imperdível.

Depois de curtimos o belíssimo Pico Turista, voltamos pela mesma trilha que caminhamos entre este dia e o dia anterior.

Quando chegamos na estrada, caminhamos alguns metros e conseguimos uma carona até Colonia Suiza. Era tarde de domingo e ficamos impressionados com este povoado de Bariloche, com vários restaurantes, bares e lojas, e bem movimentado.
Ficamos no camping Ser, tomamos banho e saímos na euforia de jantarmos em um bom restaurante. Eram 20 horas. Decepcionante. Todo o movimento de horas atrás havia acabado e tudo estava fechado. Nos restou o bom e velho macarrão que carregávamos.
Finalizamos assim, mais um trekking na Patagônia Argentina.
Se quiser assistir como foi a trilha, veja o vídeo em nosso canal do YouTube:
Dicas
- A melhor época é de janeiro à abril, quando o verão derreteu a neve, tornando a caminhada mais agradável. Vale observar, que janeiro é altíssima temporada e as cidades estarão lotadas e caras. Em abril, haverá a oportunidade de apreciar as cores do outono chegando, mas será um mês mais frio para se banhar nos lagos e rios.
- Comece a trilha o mais cedo possível, para evitar o forte Sol.
- É obrigatório o registro para fazer as trilhas no Parque Nacional Nahuel Huapi, apesar de não percebemos nenhum controle e fiscalização. O registro é fácil e rápido, e pode ser feito online ou no guarda parque. Para o Pico Turista, o registro pode ser feito no próprio refúgio.
Custos
Seguem alguns custos em pesos argentinos (ARS) e equivalentes em reais (BRL), conforme o câmbio que fizemos.
- Hospedagem em Bariloche, Trip Bariloche Hostel, diária casal: $ARS 944 ($BRL 94)
- Camping Refúgio López, diária individual: $ARS 200 ($BRL 20)
- Camping Ser na Colonia Suiza, diária individual: $ARS 215 ($BRL 21)
Cotação comercial em 12/3/2019:
$USD 1,00 = $BRL 3,81 = $ARS 41,51
Dados sabáticos
2722 km trilhados 62 cidades 4 países 1 ano e 9 meses |
Quer mais?
Nós, Paula Yamamura e Ramon Quevedo, estamos curtindo uma vida sabática desde 2017, focando no que mais gostamos de fazer: viajar trilhando.
Nos acompanhe também em: